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Reportagem multimédia

Coimbra. Eles emigraram e voltaram, mas a porta de saída nunca se fecha

23 set, 2015 - 06:30 • João Carlos Malta (texto) e Catarina Santos (vídeo)

Na cidade do saber, o conhecimento não chega para ter emprego. Esta é a história de quatro amigos de Coimbra, uma viagem com paragens no desemprego, no subemprego e na emigração. Mas também no sonho.

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Coimbra Emigração Vídeo Geral
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Gonçalo e Pedro são gémeos. Hugo e Marco amigos. Todos fazem parte do mesmo grupo. Coimbra é o ponto em comum. De partida e de chegada. Com uma excepção, mas já lá iremos. Todos emigraram. Todos voltaram, apesar de os motivos serem diferentes. A porta de saída está quase sempre entreaberta para o caso de Portugal lhes virar as costas. Pelo meio, estas histórias que se entrecruzam têm capítulos de emprego, subemprego, desemprego e um final indefinido.

Os quatro têm idades entre os 34 e os 38 anos. Não pertencem aos quase 500 mil portugueses que saíram do país nos últimos quatro anos e que fazem com que a população nacional a viver fora do país represente já 14% do total. Todos partiram antes da chegada mais brutal da crise (2011), a mesma que em 2008 já tinha feito um aviso. Falam com a experiência de quem já viveu a realidade.

Marco tem 38 anos. É o único do grupo que não seguiu estudos superiores. Isso deixá-lo-ia de fora do rótulo de “cérebro em fuga”, porém nunca o impediu de trabalhar em grandes multinacionais da indústria automóvel, como a Nissan, ou das bicicletas, a SRAM.

Foi há mais de 20 anos que saiu pela primeira vez de Portugal. Na altura, não foi a falta de perspectivas ou o desemprego que o fez avançar. Foi a aventura. Estávamos na década de 90 e a área de economia não tinha a métrica certa para a rebeldia do miúdo de 15 anos, sedento de novos horizontes.

“Estava à procura da experiência. Curtia aventuras. E aqui ter um trabalho só se fosse nas obras”, relembra. Foram os campos de morangos no interior de Inglaterra a abrirem-se para Marco ir ganhar “um bom dinheiro” por cada caixa que apanhava. Ainda viveu em casas abandonadas, em Londres, mas os pais e os amigos fizeram-lhe uma grande pressão no coração. Voltou.

Tirou um curso profissional ligado à informática. Quis encontrar emprego. Não o conseguiu em Coimbra. E pensou que se era para sair de casa saía então para fora do país. Faltava o bilhete. Esse conseguiu-o quando acompanhou um amigo a uma entrevista de emprego no Algarve. De acompanhante passou a candidato. Terminou com viagem marcada para a Holanda. Destino: fábrica de terra para plantas.

O medo é uma prisão

Seguiram-se mais de uma dezena de trabalhos durante uma década. Mais ou menos qualificados. Essa experiência dá-lhe um poder: o de comparar as diferenças entre Portugal e Inglaterra. Divide-as em quatro momentos.

“É a independência, o estilo de vida, o dinheiro e a mentalidade de não estar bem num emprego e sair porque arranjas outro. Aqui em Portugal começas a fechar-te no emprego. Se calhar porque nem procuras mais oportunidades. Tens medo.”

Coimbra Emigração Marco
Marco já teve cerca de uma dezena de empregos precários fora do país

As diferenças entre as duas realidades ficam ainda mais evidentes no relato da última experiência profissional de Marco.

“Em Inglaterra dão-te oportunidade de mostrar o que sabes fazer. A minha última história em Londres é esta: fui parar a uma companhia de ‘catering’. Tinha muita experiência na cozinha, mas a vaga era para lavar pratos e eu entrei na mesma. No meu tempo livre passava muitas horas com o ‘chef’. Três meses depois, fui promovido a ‘commis chef’ e ofereceram-me o curso de cozinha – porque eles vêem em ti o potencial e investem em ti. Aqui, por mais que vejam o teu potencial, se foste contratado para aquilo, é aquilo que tu vais fazer”, conta.

Olhando para o currículo de Marco, as ligações laborais fora do país nunca tiveram um vínculo. Em Portugal, a maioria falaria de precaridade. E é, diz o jovem. Porém, apesar de o significante ser o mesmo, o significado é diferente.

“A rotatividade de pessoas e de emprego é tanta, que encontras sempre alguma coisa que te agrade. Não tens necessidade de pensar que, se não tens vínculo à empresa, não terás como pagar as contas. Sais de um trabalho e passada uma semana, no máximo, arranjas outro”, explica.

As saudades, sempre as saudades

Outra diferença é na procura de trabalho. Um processo menos burocrático do outro lado do Canal da Mancha. Marco quase só tem elogios para Inglaterra, contudo voltou. Porquê?

“Por tudo o que há 20 anos me fez voltar pela primeira vez, as saudades da família, e dos amigos. Chegas aos 35 anos e pensas: ‘O que é que eu faço agora? Continuo aqui? Se o fizer, já não volto’.” No entanto, “a emigração é quase um bichinho que fica sempre dentro de ti”, comenta Marco.

Está arrependido? “Não estive, já estive e já não estou outra vez…”, avalia. Depois de quase meio ano desempregado após o último regresso a Coimbra, conseguiu um emprego numa multinacional norte-americana, a SRAM. As bicicletas são uma paixão, que o está a fazer também dar as primeiras pedaladas por conta própria. A empresa E-tour surge para aproveitar o “boom” de turismo em Coimbra, em parceria com Pedro e a mulher dele, Filipa.

Sair da cidade a que todos chegam à procura de novo rock

Pedro é enfermeiro. Sempre foi. Sempre quis ser. As bicicletas são um amor recente. Descobriu-o em Londres para onde foi em 2008.

“Pensava que havia mais mundo além de Coimbra e outras oportunidades para trabalhar e para estudar. Decidi emigrar. A influência da música em Coimbra, o rock, fez-me encarar a vida de outra forma. Quando fui para Londres ia também para curtir essa onda do rock”, lembra.


Quando foi, já sabia que ia voltar. Ia à procura de evoluir, saber mais. Isso conseguiu. “A minha preparação académica aqui é considerada muito boa. Somos muito bons na prática, falta-nos um pouco de teoria e a evidência científica. E em Inglaterra colmatei essa parte”, recorda.

Regressou, mas não há dia em que não pense: “Porque é que vim e não fiquei lá?”

Há razões para isso. “Houve pouca evolução em Portugal, pouco estímulo ao conhecimento. Os próprios governantes não promovem mais competição entre nós para investigar mais. Nem há incentivos para subir na carreira. Nos cinco anos que cá estou [desde que voltou], acho que estagnei”, refere, resignado.

Muito mudou desde que acabou o curso nos primeiros anos da década passada. “No meu serviço passam imensos estudantes de enfermagem. Pergunto a todos os que querem fazer? Muitos dizem que querem tentar aqui, ainda assim eles já estão formatados a pensar nas alternativas no estrangeiro. Agora, quando emigram, é para ter trabalho, porque aqui não conseguem. Eu fui numa de experiência, de novas aventuras. As pessoas, quando agora vão, fazem-no à procura de dinheiro”, assinala.

Desemprego abaixo da média. Enganador?

Os enfermeiros são uma das classes profissionais mais desgastadas pela emigração. Só em 2014, foram mais de dois mil a sair de Portugal. Coimbra não foge à regra, diz o presidente da Associação de Empresários da Região de Coimbra (NERC), Horácio Pina Prata.

Os números oficiais mostram que até existem menos três mil desempregados do que no ano passado. Coimbra fica abaixo da média nacional, mas, diz o dirigente, não é a criação de emprego que explica o fenómeno.

“Grande parte da diminuição passa por um fluxo migratório”, sentencia o representante dos empresários.

Coimbra está ainda muito dependente do emprego público. Mais de 50% dos trabalhadores, afirma Pina Prata, têm o Estado como patrão. A crise de 2011 bateu forte no sector, muitos foram obrigados a sair.

Se o saber é o começo do desenvolvimento e do crescimento, Coimbra tem esse gatilho: a Universidade. Todavia, a cidade não tem o fim, a atractividade.

“Estamos a formar pessoas e elas dizem assim: ‘A região de Coimbra não me dá solução de emprego. Portugal já não me dá solução de emprego. Vou emigrar’”, ilustra Pina Prata.

O presidente da Associação de Empresários da Região de Coimbra sublinha que faz falta maior coordenação entre os vários organismos públicos (muitos deles foram crescendo nas últimas décadas como cogumelos). Sem estratégia de promoção de emprego, é difícil haver resultados. Numa terra em que a Universidade é o farol, as expectativas maiores sobre a luz que dá à cidade também são.

Num momento em que “empreendedorismo” faz parte do novo léxico político e económico do país, os resultados da academia conimbricense não são consensuais.

O líder dos empresários locais diz que “a maior parte das pessoas que sai do sistema de ensino e da universidade não sabe o que é uma empresa”.

“A tradição da Universidade de Coimbra é centenária. A dinâmica das universidades mais recentes [Aveiro e Braga] é diferente. Coimbra ficou onde estava”, critica.

Mitos e ideias feitas

O reitor da Universidade de Coimbra não podia estar em maior desacordo. “A quantidade de pessoas que vai criar uma empresa é sempre muito pequena”, diz João Gabriel Silva.

O reitor rejeita a avaliação e explica a origem do “mito”. “As pessoas vivem de ideias feitas. A esta universidade não se aplica o cliché da universidade antiga. Temos um imenso orgulho neste edifício que tem mais de mil anos. Há é que ter presente que é a mesma universidade que criou a melhor incubadora de empresas de Portugal”, frisa.

Apesar de um estudo recente feito aos licenciados do ano lectivo de 2011/2012 avançar que menos de metade dos alunos conseguiu entrar no mercado de trabalho e que os restantes ficaram desempregados (27,5%) ou continuaram a estudar (quase 30%), João Gabriel Silva não crê que isso leve a concluir que a oferta lectiva esteja desajustada.

“Não achamos que um curso de baixa empregabilidade e muita procura deva ser fechado. As pessoas devem ser informadas. Quem entra na universidade sabe se está a entrar num curso de empregabilidade elevada ou de empregabilidade reduzida. E se o faz, é porque o quer. O objectivo não é apenas o do emprego, é também o da cidadania”, defende o reitor.

João Gabriel acredita que não pode ser assacada a responsabilidade de promover o emprego na região à instituição que lidera. Até pode ser uma consequência do trabalho, mas “a missão da Universidade de Coimbra nunca foi trabalhar para a região”.

“Seguimos o modelo europeu de universidades de grande prestígio em terras pequenas, segundo o qual as pessoas vêm de longe e para longe vão”, explica.

“Roda e bota fora” e um salário que nem chega ao mínimo

Foi para onde foi Gonçalo. Fez 2 mil quilómetros até Londres. Há uma série de factores que o levaram para longe. Acabou o curso de design gráfico, mas os tempos ainda eram outros. À frente esperava ter o seguinte cardápio: emprego criativo, estável e bem remunerado. O que é que isso quer dizer? “Pensava que ganharia de 800 euros para cima. Andei a tirar o curso que foi caro. Nas artes, as coisas custam muito dinheiro.”

Nada disto se confirmou. Gonçalo conseguiu uma série de estágios em Portugal e um ou outro emprego desde que se licenciou. A sua experiência ficou marcada por empresas que queriam o trabalho criativo para ontem e que não queriam pagar o valor correspondente. E sobretudo patrões para quem um contrato a termo incerto não faz parte do glossário das relações laborais. É o ‘roda e bota fora’. Sai um estagiário e vem outro”, sintetiza.

Num caminho cheio de pedras, Gonçalo acaba por atirar também a sua: “Chegou uma altura em que deixei de confiar em patrões – e até hoje não confio. Tento sempre ter um fundo de maneio para quando tiver de sair do país. Não quero ir com 50 euros no bolso. Isso é a miséria total e sempre evitei chegar a esse ponto”, confidencia.

O designer já teve mesmo de sair. A machadada final nas esperanças foi quando se abriu a melhor oportunidade que teve até agora na área que o apaixona. Rumou a Viseu. “Era uma boa empresa, grande, com estrutura.”

Até estava a correr bem. Mas há sempre um “mas”. “Prometeram 800 euros por mês e não os recebi, recebi 600”, lamenta. Gonçalo revela em que patamar estavam as suas expectativas quando diz: “Até achei muito, andava a receber sempre o ordenado mínimo” (hoje fixado nos 505 euros).

Mais uma vez, os salários em atraso começaram a avolumar-se. A exaustão da realidade em que, “independentemente da personagem, há alguém que nos vai tramar”, levou-o para fora.

Foi para Inglaterra. Ia sem planos, mas com um desejo. Ter um emprego na área de design. Mais uma vez foi defraudado. A língua foi uma barreira. Foi a várias entrevistas, mas, sempre que começava a falar, terminavam as hipóteses de um novo emprego.

Acabou na cozinha de um hospital. No lugar mais raso, durante quase um ano. Se “trabalhasse como um cão”, poderia ganhar 1.100 euros.

Decidiu voltar. Continuou à procura de trabalho em design, mas acabou como operário de linha numa fábrica têxtil nos arredores de Coimbra. “Baixei as minhas expectativas, mas em troca de alguma coisa. Não foi a toa. Queria usufruir de estar na minha cidade e dos que gosto”, conclui.

Mas nem na indústria tudo correu bem. Depois de um ano em que as coisas foram rolando, chegou a uma situação-limite. “Estávamos a receber 100 euros por mês, quando o vencimento era o ordenado mínimo. Lamentável. Andei assim um ano inteiro”, indigna-se.

Como é que se aguenta viver assim? “Estou sempre a contar com o período em que me vou lixar. Não é chapa ganha, chapa gasta”, garante.

Gonçalo está amargurado e não exclui sair outra vez de Portugal. Preferia ficar. “A minha situação é muito precária. Vou tendo uns trabalhitos e vou sobrevivendo assim, até conseguir arranjar um trabalho digno.”

Uma nova vida que venceu a emigração

Hugo Lobo foi à procura dessa dignidade para o Porto da Balsa. Uma aldeia no sopé da montanha, no concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra. Uma “emigração” dentro do país. Mais do que isso, foi uma migração no estilo de vida. No modo de viver.

Uma nova vida que venceu a emigração
Uma nova vida que venceu a emigração

“Quando vim para cá, a escolha era entre vir para aqui e emigrar. E não queria começar uma vida com outra pessoa fora do meu país”, especifica Hugo. A namorada, Aline, partilhou da ideia e a decisão estava tomada. Trabalhar a terra e viver em comunhão com a natureza passaram a ser os objectivos no topo da pirâmide familiar.

A opção pelo campo só acontece porque a família de Hugo tinha uma casa centenária na aldeia beirã. Sem isso, o caminho teria de ser outro. Porém, tendo essa possibilidade, quis agarrá-la.

Hugo até começou por tirar o mesmo curso de Gonçalo. Rapidamente percebeu que não era o que queria fazer. A vertente excessivamente comercial de tudo o que fazia tornou-se num espinho cada vez mais afiado.

Sucederam-se trabalhos, todos eles fugazes, precários. Até que a possibilidade de ir para Inglaterra surgiu. Uma família amiga dava-lhe alojamento. E ele foi. Sabia que voltaria. Voltou três vezes, tantas quantas as que foi para Inglaterra e França.

Hugo está consciente de que muitos vêem a sua opção como um retrocesso. Não quer evangelizar, mas quer contrariá-los. E fazer do seu exemplo, a força para que outros lhe sigam a opção. “Quando vimos para aqui, não podemos chegar com a ideia do amor e uma cabana. Isso não resulta”.

Na cabeça sempre esteve a ideia de amealhar lá fora, para depois poder viver em Portugal este sonho. “Não queria vir para o Porto da Balsa e, passado um ano ou dois, ter de ter a terra a render. Queria ter tempo”, explica.

Sabe que não será fácil. A terra nem sempre dará o que dela se quer. Todavia, já trouxe Maria Flor. A menina dos olhos azuis do tamanho do oceano que traz novos desafios à família.

“Não teríamos filhos, se fosse para viver numa cidade e trabalhar das nove às cinco. Isso estava definido”, aponta.

Hugo não sabe ler o futuro, mas está muito seguro do presente. E é no campo que vê e projecta o futuro. Sem mais emigrações.

“Não vejo forma mais saudável de viver do que ter um pedacinho de terra com ar puro sem ser bombardeado por gases e buzinadelas. Acho que isto é muito mais humano do que a selva urbana”, remata.

Comentários
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  • Bruno Salgado
    24 set, 2015 Buchs 20:11
    Tenho tambem a minha decisão tomada , depois de mais de seis anos pelas suiças.... Adeus Suiça..... Até já meu Portugal... Não adianta reclamarar, se nada se fizer para mudar....
  • Anónimo nestas coisas
    23 set, 2015 Santarem 15:09
    Então não são estes os que nunca mais punham os pés em Portugal? Agora estão de volta? Se as portas de saída nunca se fecham, as de entrada também não. Sejam bem regressados ao país que quem cá ficou soube melhorar, para receber de volta os que por cá nada tinham para ajudar a fazer, nem queriam!. Bem vindos de novo!
  • Carlos Augusto
    23 set, 2015 Lx 11:10
    É triste que num país que investiu na educação, ver partir os seus jovens formados. Quem deveria emigrar seriam aqueles que os aconselham a tal, pois são os mesmos inúteis de sempre!
  • Manuel Lourenço
    23 set, 2015 Unhais da Serra 10:40
    Noto que os comentadores profissionais do Sócrates, do Syriza, do deficit, da dívida, das promessas, das sondagens, não entram nestas conversas. O social e/ou o país profundo escapa-lhes.
  • Manuel Simao
    23 set, 2015 Porto 10:37
    Portugal é demasiado pequeno neste mundo global. Já não há fronteiras. Emigrar é buscar oportunidades e talvez uma vida melhor. Os Estados Unidos estão cheios de Irlandeses, Italianos, Mexicanos, Argentinos, Brasileiros e até alguns Portugueses. E muitos deles gabam-se de ter uma boa vida e desdenham de quem cá fica. Há de tudo. É assim a vida.
  • Zé-Povinho
    23 set, 2015 Lisboa 10:33
    Neste país de Passos Coelho, os estudantes quando acabam os seus estudos, têm 3 saídas: - por mar; - por terra; - pelo ar!

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