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Lince ibérico sai da lista de espécies "em perigo crítico" de extinção

23 jun, 2015 - 18:00

União Internacional para a Conservação da Natureza refere que o trabalho ainda não está terminado e que os esforços de conservação devem prosseguir.

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O lince ibérico foi retirado da “lista vermelha” das espécies que estão "em perigo crítico" de extinção, elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa).

Depois de 13 anos de "grandes esforços de conservação" e uma avaliação das 77.340 espécies que integram esta "lista vermelha", o lince ibérico foi colocado na categoria de espécies "em perigo" de extinção, um nível menos grave, anunciou esta terça-feira o programa Life+Iberlince.

A evolução das populações deste felino, explica o Life+Iberlince, foi estudada por dois cientistas que concluíram que, após seis décadas de declínio, foi registado um crescimento regular entre 2002 e 2012.

Durante este período, a população de linces ibéricos atingiu os 156 indivíduos maduros, o que implicou passar de 27 para 97 fêmeas reprodutoras.

A área de presença desta espécie também registou um crescimento considerável.

Os responsáveis da IUCN, organização com sede em Gland, na Suíça, destacaram esta "fantástica notícia" para o lince ibérico, afirmando que se trata de "uma excelente prova de que as acções de conservação funcionam realmente".

A organização internacional referiu, no entanto, que o trabalho ainda não está terminado e que os esforços de conservação devem prosseguir, de forma a assegurar a expansão futura e o crescimento populacional da espécie.

Com o novo programa Life+Iberlince, que começou em 2011 e termina em 2016, foi iniciada a recuperação da distribuição histórica do lince ibérico em Espanha e Portugal.

Um total de 19 instituições estão envolvidas neste projecto de recuperação. O programa foi iniciado com a reintrodução de exemplares selvagens e de linces ibéricos oriundos de centros de reprodução em cativeiro no Vale do Guadiana, em Portugal; no Vale de Matache, na província espanhola da Extremadura; nas regiões de Guadalemellato e Guarrizas, Andaluzia; e nos Montes de Toledo e na Serra Morena Oriental, em Castela-Mancha.

Nestas novas zonas, foram libertados, desde 2014, 43 exemplares, que estão a formar novas populações e a contribuir para a conservação da espécie.

O programa Life+Iberlince considera essencial promover um plano nacional que trave os atropelamentos de linces ibéricos, a principal causa de morte destes animais.

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