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Governo tem de "arcar com a responsabilidade" após expectativas criadas a professores

08 set, 2018 - 15:37

Para o presidente do PSD, "se foram criadas expectativas aos professores para se contar todo o tempo de carreira, agora [o Governo] tem de arcar com a responsabilidade de o ter feito".

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O líder do PSD, Rui Rio, afirmou, este sábado, que o Governo tem de dar uma resposta e "arcar com a responsabilidade" de ter criado expectativas aos professores no sentido da contagem de todo o tempo de carreira.

O Governo anunciou na sexta-feira que vai avançar unilateralmente com a sua proposta de contagem de tempo de serviço congelado aos professores, devolvendo em janeiro de 2019 apenas dois anos, nove meses e 18 dias, dos mais de nove anos reivindicados pelos sindicatos.

"Era quase evidente que não ia haver acordo, dada a posição dos sindicatos e do Governo e a margem que o Governo tem não dá possibilidade de conciliar. Aí, é o Governo que tem de dar uma resposta. Não sou eu, nem é o sindicato que tem de dar uma resposta", disse Rui Rio em Castanheira de Pêra, no distrito de Leiria.

Para o presidente do PSD, "se foram criadas expectativas aos professores para se contar todo o tempo de carreira, agora [o Governo] tem de arcar com a responsabilidade de o ter feito".

"Há um discurso político que nos empurra para uma dada situação. Se o discurso político é de uma economia saudável, é de estarmos praticamente no país das maravilhas e que os professores têm toda a razão, então de que é que se está à espera se não dar a razão aos professores, porque há folga? Mas, agora - no momento de dar -, já não há folga", criticou.

Rui Rio falava aos jornalistas na Praia das Rocas, em Castanheira de Pêra, um dos concelhos mais afetados pelo incêndio de Pedrógão Grande, em junho de 2017.

Sobre as suspeitas de irregularidades na reconstrução de casas afetadas pelo fogo, o líder social-democrata salientou que é necessária uma "ação célere da justiça e do Ministério Público", para que "rapidamente fique clarificado e emendado, na medida do possível".

Questionado se o Governo falhou no acompanhamento dos processos de reconstrução, Rui Rio disse que seria "fácil dizer que o Governo podia estar mais atento".

"Mas, dada a dimensão do que estamos a falar à escala local, do ponto de vista humano, ultrapassa tudo. Temos de apurar as responsabilidades. Conseguir atacar muito o Governo - não é isso que me preocupa. Preocupam-me as pessoas. Não é justo, não é correto, tem de ser emendado", vincou.

Já sobre a possibilidade da recondução do Chefe de Estado-Maior do Exército, Rui Rio adota a mesma postura que assumiu com a eventual recondução da procuradora-geral da República.

"Esses cargos não devem ser partidarizados", salientou, considerando que os políticos não devem ter sentido de Estado apenas quando estão em lugares públicos.

O líder da oposição, frisou, "tem de ter sentido de Estado porque quer ser primeiro-ministro. Se quer ser primeiro-ministro, tem de mostrar sentido de responsabilidade e não andar aqui numa cacofonia completa".

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  • Maria farta disto
    10 set, 2018 lisboa 07:42
    Depois existem cidadãos burros. Até parece que quem levou este país à bancarrota foi o antecessor, até parece que o desemprego começou com ele! depois existem os desmemoriados, aqueles que se esqueceram que foi também no tempo do antecessor que o desemprego começou a descer. Para aqueles que para além de ignorantes têm falta de memória o antecessor encontrou um país sob resgate com dívidas imensas e deixou um país com uma almofadinha e um país em crescimento. Imagine-se lá o que ele teria feito por este país se tivesse encontrado uma almofada fofinha em vez de um país na bancarrota? Habituámo-nos a viver do "se me dão" e não queremos outra coisa. Será que estamos melhor? O tempo o dirá! Já parece aquele aumento em 2009 de 2,9% que até dava a ideia que estávamos a nadar em dinheiro, um país de sonho, depois veio o pesadelo, mas nós gostamos mesmo é disto de resgate em resgate: Quanto a este sujeito como é que pode governar um País se ataca tudo e todos mesmo no seio dos seus?
  • Cidadao
    08 set, 2018 Lisboa 16:27
    Não passa de um oportunista, você e o teu partido anti-pessoas. Ainda não esquecemos algumas pérolas do seu antecessor: "encarem o Desemprego como uma oportunidade", "não sejam piegas", "saiam da vossa zona de conforto e emigrem", "temos de empobrecer para sermos ricos outra vez", " fazer mais com menos", e outras tantas. Mas quando perdeu o tacho em 2015, andou ano e meio a protestar todos os dias contra a situação, de bandeirinha na lapela, armado em primeiro-ministro no exílio. Agora aparece você com populismo fácil. Quer ser útil? O PSD que apresente na AR, um Decreto-Lei para repor os tais 9 anos e tal. O BE e o PCP apoiam e duvido que o CDS vote contra. Aí, entala o PS. Só que não vai fazê-lo, pois não? Prefere o palavreado estéril até porque já se está a ver como o vice do Costa e não convém hostilizá-lo.

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