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Queimadas entre as principais causas dos fogos este ano

29 ago, 2018 - 08:36

Até ao dia 15 de agosto arderam, em Portugal, 34.791 hectares. Queimadas representam 66% dos focos de incêndio.

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As queimadas foram a principal causa dos incêndios investigados entre 1 de janeiro e 15 de agosto, aponta o último relatório provisório de incêndios rurais do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).

De acordo com os dados do relatório, nesse intervalo de tempo foram registados 7.670 incêndios rurais - o segundo mais baixo dos últimos dez anos.

Até 15 de agosto de 2018 as causas mais frequentes dos incêndios foram o uso do fogo, com as queimadas a representar com 66% desses focos e o incendiarismo imputável, com 14%.

Do total de 7.670 incêndios rurais verificados este ano, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.421 fogos (71% dos incêndios investigados - responsáveis por 14% da área ardida).

No total, arderam, em Portugal, 34.791 hectares, entre povoamentos (19.377 hectares), matos (13.433) e agricultura (1.881), o equivalente a mais de três concelhos de Lisboa.

Menos incêndios

Este ano foram registados menos 40% de incêndios rurais e menos de 49% de área ardida relativamente à média anual do período dos últimos dez anos, destaca o ICNF.

"O ano de 2018 apresenta, até ao dia 15 de agosto, o 2.º valor mais reduzido em número de ocorrências e o 5.º mais reduzido de área ardida, desde 2008", é referido.

Ainda no que diz respeito à área ardida, o ICNF destaca que os incêndios com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes em 2018 (87% do total de incêndios rurais).

No que se refere a fogos de maior dimensão, até 15 de agosto existe apenas um incêndio com área ardida superior ou igual a 1.000 hectares - o de Monchique, distrito de Faro, que destruiu uma área de 26.763 hectares.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais, deflagrou em Monchique (no distrito de Faro) no dia 3 de agosto e foi dominado no dia 10, depois de afetar também o concelho vizinho de Silves e, com menor impacto, Portimão (no mesmo distrito) e Odemira (Beja).

Quarenta e uma pessoas ficaram feridas, uma das quais em estado grave.

Faro, Santarém e Braga foram os que mais arderam

O ICNF adianta também no relatório que até 15 de agosto registaram-se nove incêndios que resultaram em 28.685 hectares de área ardida, cerca de 82% do total.

De acordo com o documento, o distrito mais afetado em área ardida, é o de Faro com 26.642 hectares, cerca de 77% da área total, seguido de Santarém com 1.109 hectares (3% do total) e Braga com 1010 hectares (3%).

Quanto ao maior número de ocorrências, o relatório indica que ocorreram nos distritos do Porto (1.275), Braga (729) e Aveiro (693), sendo que são fogos maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam um hectare de área ardida).

Comentários
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  • Fire
    29 ago, 2018 lisboa 12:56
    Quantos fogos registados Madeira e Açores?A lei das limpezas tb se aplica a estas áreas ?????Os fogos existem por varias razoes,clima e floresta continua.Culpa de Bruxelas e qem paga as favas são os portugueses .Lei impostómera é do PS e nada resolve a não ser encher cofres estado.O saque continua medidas eficazes zero.O PS julga q Povo anda a dormir?
  • a
    29 ago, 2018 portugal 10:12
    Se assim é, a culpa é do governo. Segundo o regulamento de incêndios em vigor, as queimadas são permitidas entre novembro a maio.

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