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Novo secretário-geral da Amnistia Internacional critica Trump

16 ago, 2018 - 18:35

Kumi Naidoo tem 53 anos, nasceu em Durban, África do Sul, e esteve ligado a várias causas sociais, como o apartheid, pobreza e ambiente.

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Maior, mais ousado e mais inclusivo. Estas são a maior aposta do novo secretário geral da Amnistia Internacional, Kumi Naidoo, que assumiu funções esta quinta-feira, para um mandato de quatro anos.

Para o ativista Kumi Naidoo, o mundo "enfrenta problemas complexos" que só podem ser resolvidos se se superar "a velha conceção de que os direitos humanos têm a ver com algumas formas concretas de injustiça que as pessoas sofrem".

“Apesar de em dezembro irmos assinalar os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tristemente, há muitos lideres poderosos no mundo que estão a fazer recuar a agenda dos direitos humanos, especialmente, nos últimos anos”, disse em conferência de imprensa em Joanesburgo.

Naiddo disse que se referia a Donald Trump. “A divisão de famílias nas fronteiras, das familias migrantes é uma das maiores atrocidades a que assistimos, nos últimos tempos”.

No seu discurso, o novo líder da Amnistia Internacional deixou ainda um apelo para que a questão dos direitos humanos envolva todos e, em particular, os jovens.

“A Amnistia quer trabalhar com os jovens. Não aceitamos que os jovens sejam os lideres de amanhã, têm de ser os lideres de hoje. Se esperarem por amanhã, com as alterações climáticas, pode não haver amanhã para exercerem a sua liderança”, afirmou.

Segundo o secretário-geral, a Amnistia Internacional foi construída com base na premissa de que "as pessoas, independentemente de onde estão e de quem são, tomam a injustiça sofrida por outras pessoas como algo pessoal".

"Já foi amplamente demonstrado que a mudança é possível quando as pessoas se reúnem para lutar em nome de outras pessoas que não conhecem e que estão do outro lado do mundo", mencionou.

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