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SOS Racismo exige retirada de Le Pen da lista de oradores da WebSummit

13 ago, 2018 - 20:05

Líder da extrema-direita francesa está entre os convidados para participar na próxima edição da conferência em novembro em Lisboa.

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A associação SOS Racismo exige que as entidades envolvidas na organização da WebSummit assumam uma posição pública sobre o convite feito a Marine Le Pen e que esta seja desconvidada.

Em comunicado, a SOS Racismo sublinha que "o racismo não é uma opinião" e que, por isso, condena que a líder da extrema-direita francesa tenha sido convidada para estar presente como oradora na WebSummit, que vai decorrer em novembro, em Lisboa.

A associação "exige a retirada do convite à líder da extrema-direita francesa e que todas as entidades envolvidas na organização da WebSummit tomem publicamente posição", apontando que "não se trata de escolher entre liberdade de expressão e censura, mas sim entre a democracia e o ódio racial".

O comunicado da SOS Racismo surge depois de o nome de Marine Le Pen ter voltado a aparecer como oradora no evento, após ter sido inicialmente retirado do site oficial, sem qualquer explicação por parte das entidades organizadoras, e, alegadamente, "após uma intensa denúncia pública nas redes sociais".

"Pensou-se que esta retirada do seu nome da lista de oradores significasse também a retirada do convite. Estivemos à espera da reação das entidades públicas e privadas envolvidas na organização, patrocínio e apoio ao evento. (...) Infelizmente, não só não apareceu nenhuma explicação oficial, sobre o convite inicial e aparente recuo posterior, como surpreendente e inaceitavelmente, o nome de Marine Le Pen volta a constar no portal do evento", denuncia a SOS Racismo.

A associação considera que o "silêncio" das entidades envolvidas é insustentável e sublinha que o partido que Marine Le Pen representa mantém a defesa de "um Estado securitário, fechado, nacionalista e racista".

"Não podemos dar palco a esta narrativa, nem contribuir para o branqueamento da sua imagem, quanto mais num encontro que se quer globalizado e aberto como este", defendeu, lembrando que o Estado português contribui anualmente com cerca de 1,3 milhões de euros para a organização da WebSummit.

Comentários
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  • Manuel
    14 ago, 2018 Lisboa 11:39
    Estes gajos do SOS acham que nada lhes vai acontecer, mas quando a europa implodir eles tambem vão levar por tabela
  • Cidadao
    14 ago, 2018 Lisboa 11:04
    Curioso: sempre pensei que numa Democracia TODOS tinham direito a ser ouvidos... Mas pelos vistos, para certas organizações ditas anti-racistas, uns têm mais direitos que outros, desde que esses "uns", sejam eles...
  • Anónimo
    14 ago, 2018 00:19
    Eu não me oponho a que a convidem. Mas que seja vaiada. E a sorte dela é que Portugal é um "país de brandos costumes" pois se fosse em França até com farinha levava...
  • VIRIATO
    14 ago, 2018 CONDADO PORTUCALENSE 00:09
    Ora aqui está o conceito de liberdade para a esquerdalha caviar. Proibir à moda norte coreana, o pensamento livre e contra a corrente que vigora ditatorialmente, reflexo, desta mesma atitude da esquerdalha para com a Sra. Marine Le Pen. Esquerdalha, que vai tentando minar as instituições e o regular funcionamentos das mesmas. Mas não vai demorar muito a normalidade voltar, ao regular e normal funcionamento da natureza humana...para a decepção dessa gentalha. Falta pouco para que nas escolas se volte a ensinar às criancinhas o que é natural e o que é contra natura. Seja bem vinda à nação mais antiga com fronteiras delimitadas da Europa. Eu como nacionalista e verdadeiro patriota dou-lhe os meus parabéns pela luta contra a pouca vergonha em que se transformou esta Europa neoliberal e pela islamização da mesma, que põe o futuro da nossa Europa cristã em perigo e até dos meliantes ateus e anti Cristo (não é que me preocupe nada). Aqueles que gostavam de andar de burka e virar o respectivo para meca, podem emigrar porque são produto sem valor acrescentado e de traição, já chega a turma que deriva, daquele famigerado 25 de Abril daquele misero ano.

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