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Onze distritos em aviso vermelho por causa do calor

01 ago, 2018 - 19:21

O nível máximo de aviso estende-se a Lisboa e Setúbal. Temperaturas podem chegar aos 45 graus nos próximos dias, em alguma szonas do país.

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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu o aviso vermelho, ativado por causa do calor, às regiões de Lisboa e Setúbal, elevando para 11 os distritos onde são esperadas temperaturas extremas.

Assim, os distritos abrangidos pelo aviso vermelho por causa da persistência de valores elevados da temperatura máxima são Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal e Vila Real.

Segundo o IPMA, a temperatura vai subir de forma acentuada em Portugal continental a partir desta quarta-feira , mantendo-se muito elevada até ao fim de semana, com os avisos laranja a passarem a vermelhos (o nível mais grave) a partir de quinta-feira e mantendo-se até às 5h59 de sábado.

O IPMA adverte que as temperaturas máximas vão estar "muito acima dos valores normais para a época" e podem atingir "máximos absolutos em vários locais", com máximas a rondarem os 45ºC e as mínimas a aproximarem-se dos 30ºC.

Com exceção da costa sul do Algarve, onde as temperaturas vão estar entre os 30 e os 35ºC, no interior do Alentejo, Vale do Douro e do Tejo e Beira Baixa a máxima deverá atingir valores da ordem dos 45°C, "podendo ser alcançados máximos absolutos em vários locais".

Os valores da temperatura mínima, de acordo com o IPMA, têm igualmente tendência para uma subida gradual, "atingindo no final da semana valores próximos de 25°C em grande parte do território, aproximando-se dos 30°C em alguns locais do interior Centro e Sul, em especial no Alto Alentejo".

O sul do território continental poderá ser afetado a partir de hoje por poeiras em suspensão provenientes do norte de África.

Face ao intenso calor, a Direção-Geral da Saúde aconselha as pessoas a permanecerem em ambientes frescos, a manterem as casas frescas e a beberem muita água, evitando a ingestão de álcool.

Devido ao agravamento do risco de incêndio, causado pela subida da temperatura e da redução da humidade, o estado de alerta especial relativo aos meios de combate a fogos está em vigor nos distritos do centro e norte do país.

A Marinha e o Exército vão reforçar, com mais 19 patrulhas e 76 militares, o apoio à Proteção Civil entre hoje e domingo, podendo as ações serem prolongadas caso a meteorologia o justifique.

Num aviso à população, a Proteção Civil recorda que é proibido fazer queimadas e fogueiras ou lançar balões e foguetes, fumar ou fazer lume nas florestas e nas estradas circundantes.

ARS de Lisboa prevê abrigos temporários

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse esta quarta-feira que, se o nível do plano de contingência devido ao calor subir para vermelho, vão ser ativados os abrigos temporários para pessoas vulneráveis.

Esses abrigos “irão receber as pessoas vulneráveis, que podem ser espaços muito diferentes", sobretudo instituições que têm ar condicionado e que têm condições para receber as pessoas, indicou Nuno Lopes, da ARSLVT, explicando que o trabalho de identificação das pessoas vulneráveis e dos locais onde se encontram já está realizado, designadamente jardins-de-infância e lares da terceira idade.

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) vai ativar, quinta-feira, o nível de risco amarelo em "toda área geográfica da região" devido ao calor e vai ter equipas de cuidados continuados em alerta.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARS-N, Pimenta Marinho, declarou que os serviços de saúde da região vão estar mais em alerta e disponíveis para apoiar pessoas vulneráveis, principalmente os idosos, com equipas de cuidados continuados.

A delegada de Saúde do Alentejo, Filomena Araújo, admite o reforço dos meios e o alargamento das consultas nas unidades de saúde da região se a procura aumentar, devido ao "aumento súbito das temperaturas".

"Vamos fazer a monitorização do aumento da procura nos centros de saúde e hospitais e, se for necessário, ou seja, se aumentar a média diária da procura nas unidades, então haverá um reforço das equipas clínicas e o alargamento das consultas", disse a delegada de saúde regional, em declarações à agência Lusa.

A provedora dos Animais de Lisboa recomenda que os animais devem ser protegidos da vaga de calor prevista para Portugal nos próximos dias, com temperaturas que podem chegar aos 40 graus, à semelhança dos idosos e das crianças.

Em comunicado, Marisa Quaresma dos Reis lembrou que, desde 2017, o Código Civil Português reconhece que os animais "são seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica em virtude da sua natureza". Desta forma, "para além dos idosos, crianças e outros grupos de pessoas mais vulneráveis em razão de doença ou de viverem em situação de sem abrigo, os animais também devem ser protegidos destas condições climatéricas extremas".

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