Número de mortos na Grécia continua a subir

Veja também:

• Que lições pode tirar Portugal dos fogos na Grécia?
• A devastação na Grécia vista por um drone
• Enquanto o fogo consumia Mati, centenas fugiram para o mar
• Uma portuguesa na Grécia, "um país todo em estado de choque"

São já 82 as vítimas mortais do incêndio que deflagrou na última segunda-feira, na região grega de Ática, perto de Atenas. Segundo os últimos dados revelados pelo porta-voz dos bombeiros, há ainda 186 feridos e uma centena de desaparecidos.

Entre as vítimas mortais estão quatro turistas: dois polacos, um belga e um irlandês. Familiares desesperados das pessoas desaparecidas surgem nas televisões com pedidos de ajuda e acusações às autoridades, a quem atribuem as culpas pela tragédia.

Ainda na expetativa de que a lista de vítimas mortais possa crescer, cerca de 300 bombeiros e muitos voluntários passam a pente fino toda a região atingida pelo fogo.

As causas do fogo permanecem por esclarecer. O procurador de Atenas já ordenou uma investigação. Há teorias que apontam para o deflagrar de chamas em três locais distintos ao mesmo tempo. As autoridades locais falam de ventos completamente inesperados que teriam tornado inútil qualquer plano de evacuação. Por outro lado, surgem notícias de que várias bocas de incêndio estavam secas.

Enterrar os mortos, cuidar dos vivos

Nos serviços forenses de Atenas prossegue, entretanto, a identificação dos cadáveres que, segundo os especialistas, está a ser muito difícil devido às condições em que se encontram muitos corpos.

Para acudir às centenas pessoas perderam tudo, continuam a chegar donativos, alimentos roupas, medicamentos e até sangue. Mais de 500 casas ficaram destruídas. O governo já anunciou que vai dar empregos, no setor público, às viúvas ou familiares próximos dos mortos que tenham ficado em situação mais complicada, além de ajudas monetárias que podem ir até aos 10 mil euros.