25 jul, 2018 - 01:27
A Grécia é um país em “estado de choque” por causa dos incêndios que causaram dezenas de mortos e feridos, diz à Renascença Maria Faria, uma portuguesa a viver há alguns anos em Atenas.
O último balanço oficial aponta para 74 mortos, entre eles um bebé de seis meses, 188 feridos e dezenas de desaparecidos.
Segundo Maria Faria, “o país está todo em estado de choque com tantas vítimas mortais, feridos, centenas ou milhares de casas que foram destruídas e zona florestal”.
“Aqueles que ainda não encontraram familiares ou amigos estão à procura dos seus. Pelo que sei, até ao momento, os portugueses que pude contatar, não há ninguém afetado diretamente”, adianta.
Quanto à resposta das autoridades aos violentos incêndios que começaram na segunda-feira, Maria Faria relata que a população quer, sobretudo, sabe os avisos chegaram a tempo.
“Os incêndios foram apagados em muito pouco tempo. Propagaram-se de maneira extremamente rápida, porque havia ventos muito fortes durante toda a tarde de segunda-feira. O que preocupa as pessoas é se as populações foram avisadas atempadamente para evacuar a zona mais populosa e onde houve estas vítimas mortais todas”, explica.
Os bombeiros ainda combatem as chamas, mas o vento tem estado a dar tréguas nos arredores de Atenas. Já chegam notícias de que a situação poderá estar em fase de rescaldo, adianta Maria Faria.
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, anunciou três dias de luto nacional e garantiu apoio às vítimas.
Foi aprovado um pacote de 20 milhões de euros para esta tragédia.
Começam também a chegar donativos, é o caso do Olympiacos, a principal equipa grega de futebol, que vai doar um milhão de euros às vítimas.
Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou condolências ao Presidente grego, por telefone.
Portugal é também um dos países que vai enviar ajuda para o combate aos incêndios, são 50 elementos da Força Especial de Bombeiros, segundo o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.