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Cheias no sul do Brasil fazem 59 mortos e há 67 desaparecidos

04 mai, 2024 - 13:24 • Lusa

As forças de segurança resgataram um total de oito mil pessoas.

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As autoridades brasileiras elevaram para 59 o número de mortos em consequência dos dois temporais que atingem há vários dias o estado do Rio Grande do Sul, com o registo adicional de 67 desaparecidos.

A Proteção Civil do Brasil referiu que 281 municípios foram atingidos pelas chuvas, 8.296 pessoas ficaram desalojadas e 74 ficaram feridas. O número total de pessoas afetadas é quase 400 mil, segundo o jornal "Folha de São Paulo".

Além disso, há 350 mil casas sem eletricidade e 441.120 clientes sem água corrente, número que duplicou nas últimas horas. Há também 63 municípios sem serviços de telefone e Internet.

As autoridades suspenderam as aulas em 2.338 escolas públicas, num total de 200.000 alunos.

Na madrugada de ontem [sexta-feira], o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu 4,23 metros, o nível mais alto desde 1941.

As forças de segurança resgataram um total de oito mil pessoas, enquanto outras 24 mil estão deslocadas devido às cheias, que já afetaram 265 municípios dos 497 que compõem o estado.

“Mais de 8.000 pessoas já foram resgatadas por via terrestre e aérea, nas mais diversas circunstâncias deste momento dramático que vivemos”, acrescentou Leite, apelando a todos os que se encontram em zona de risco para abandonarem estes locais e se refugiarem num lugar seguro.

O governador indicou que foram destacados para o terreno mais de 2.000 membros das forças de segurança do Estado e pelo menos outros 1.000 das Forças Armadas, que estão “a trabalhar incansavelmente nos resgates”.

As autoridades locais emitiram um alerta para Porto Alegre, capital do estado, e região metropolitana, que correm o risco de serem afetadas nas próximas horas pelo volume de água do Lago Guaíba.

“Será (algo) inédito e reforço o apelo às pessoas em áreas de risco para que procurem locais seguros”, apelou o governador.

Ao contrário da tempestade que atingiu o estado em 2023, quando as chuvas se concentraram em apenas algumas áreas, desta vez afetaram todo o território, tornando-se o “maior desastre” que a região já enfrentou.

O governo central reconheceu o estado de calamidade decretado pelas autoridades locais.

[Notícia atualizada às 15h58]

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