22 jun, 2018 - 10:21
O Jardim Botânico de Queluz recebe esta sexta-feira à noite, em Berlim, o Prémio da União Europeia para o património Cultural/Europa Nostra. São mais de 15 hectares de jardim onde pela primeira vez se plantaram ananases em Portugal continental.
Este é um dos destaques do programa da Renascença "Ensaio Geral".
A atribuição do prémio foi conhecida em maio passado. Manuel Baptista, presidente da Parques Sintra Monte da Lua, entidade que gere o jardim, considera que a distinção atraí mais visitantes.
“A atribuição deste prémio, que é da maior importância em termos nacionais e em termos europeus, é o reconhecimento do trabalho que a Parques de Sintra tem feito nos últimos anos e é uma forma realmente de atrair mais visitantes”, diz.
Manuel Baptista lembra que a produção de ananases nas estufas do jardim continuam. “São nessas estufas que se deu pela primeira vez em Portugal continental a criação de ananases e é assim que neste momento está a acontecer. Os ananases estão a crescer, o que é mais um motivo de atração para os nossos visitantes”, diz.
Outro dos participantes no programa Ensaio Geral é o engenheiro responsável pelo jardim, Nuno Oliveira.
“É um jardim em setecentista, contemporâneo do Jardim Botânico da Ajuda e do Jardim Botânico de Coimbra. Sofreu ao longo do tempo algumas catástrofes, nomeadamente já no século XX as grandes cheias de 54, depois de 1967 e depois de 1983 que culminam com o desmantelamento do Jardim Botânico de Queluz. A Parques de Sintra em 2012 quando recebe este jardim para gestão percebe que existe muita informação documental sobre o jardim e muita matéria para poder reconstituir o Jardim Botânico de Queluz”, explica.
Já Guilherme d’Oliveira Martins, representante do Europa Nostra, sublinha a importância da distinção.
“Este prémio enche-nos de orgulho uma vez que liga várias questões neste Ano Europeu do Património Cultural. Liga o património construído, o património cultural e é essa ligação que também enfatiza o próprio patrimônio imaterial”, remata.