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Portugal deve aproveitar condições favoráveis para acelerar reformas estruturais

15 jun, 2018 - 15:27

É uma das recomendações da Comissão Europeia e do BCE no rescaldo de uma visita de sete dias a Lisboa.

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A Comissão Europeia insiste que Portugal deve aproveitar as condições favoráveis para avançar rapidamente com as necessárias reformas estruturais, para reforçar o ajustamento estrutural e para criar 'almofadas' financeiras para o futuro.

Depois de uma visita de sete dias a Portugal, naquela que foi a oitava missão de acompanhamento pós-programa de resgate, o Executivo comunitário e o Banco Central Europeu (BCE) emitiram um comunicado esta sexta-feira no qual alertam que fatores externos aumentaram a volatilidade dos mercados de obrigações.

A Comissão Europeia elogia os "progressos consideráveis" dos bancos no reforço dos seus balanços, mas repete o aviso de que continuam a existir situações vulneráveis por resolver, como o nível de crédito malparado.

Sobre a precariedade laboral, Bruxelas e BCE sugerem que seria preferível Portugal combatê-la através da flexibilização dos contratos de trabalho em vez de restringir a utilização dos contratos a prazo.

Delegações das duas instituições estiveram de visita a Portugal entre 5 e 12 de junho para uma nova avaliação pós-programa de ajustamento. A próxima missão deverá acontecer no outono.

Comentários
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  • José J. Cruz Pinto
    19 jun, 2018 Ílhavo 16:32
    A flexibilização das carreiras políticas, económicas e empresariais a que me refiro no fim do anterior comentário foi e é obviamente garantida através da absoluta inexistência de requisitos objectivos de racionalidade e competência para ingresso e manutenção nos cargos, nem mesmo a posteriori, perante o falhanço clamoroso do seu exercício de funções.
  • José J. Cruz Pinto
    15 jun, 2018 Ílhavo 18:24
    "Bruxelas e BCE sugerem que seria preferível Portugal combater a precariedade laboral através da flexibilização dos contratos de trabalho". Boa ! Genial, como regra universal, porventura até obrigatória ! Finalmente, será como combater (1) a doença (ou a precariedade da saúde) flexibilizando ao máximo os cuidados com a dita saúde, (2) a ignorância (ou a precariedade do conhecimento), flexibilizando ao máximo o ensino, a aprendizagem e a avaliação, (2) a incompetência (ou a precariedade da competência), flexibilizando ao máximo a exigência e a avaliação de resultados, (3) a incerteza (ou precariedade) de resultados desportivos, por exemplo, flexibilizando ao máximo a possibilidade de batota, corrupção e compra de resultados, ... etc. Não admira que a ideia parta de supostos economistas, supostos políticos e supostos empresários (todos supostamente inteligentes e competentes e até honestos, em contraste com nós todos - burros, claro, e porventura desonestos), os quais já beneficiam do mais elevado nível de flexibilização das suas carreiras (que não dos seus salários) , assim garantindo o mais baixo nível de precariedade laboral mesmo depois de perderem ou serem corridos dos seus empregos.

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