12 jun, 2018 - 18:15
O Sporting tem a sua situação financeira em risco e enfrenta um cenário desastroso.
A consideração, deveras pessimista, é tecida, a Bola Branca, por Miguel Salema Garção, antigo dirigente dos leões ligado à conquista de dois campeonatos, três Taças de Portugal e quatro Supertaças, entre 1999 e 2002.
"Neste momento, o cenário é desastroso", começa por disparar.
"O momento é
preocupante, a sustentabilidade da sociedade desportiva pode estar em causa, os
‘stakeholders’ do Sporting, nomeadamente colaboradores, fornecedores,
‘sponsors’, organismos nacionais e internacionais do futebol e todos os outros
estão, seguramente, preocupados com aquilo que se passa no Sporting", prossegue.
Salema Garção quebra o
silêncio, renovando o apelo (quase) geral: os atuais dirigentes
têm de sair. Só depois o ex-"team manager" pode ajudar.
"Estarei sempre disponível, enquanto sportinguista, para ajudar o clube, independentemente da situação que for. Mas nesta fase, aquilo que espero é que os órgãos sociais do Sporting tenham a hombridade de apresentarem a sua demissão para se abrir um processo eleitoral e garantir o futuro e presente", adianta.
Varandas e Dionísio "prematuros" e o apelo aos jogadores
Frederico Varandas e Dionísio
Castro já disseram “sim” a uma candidatura mas tê-lo-ão feito de forma prematura, considera Salema Garção.
"Frederico Varandas é um enorme sportinguista e com um
percurso profissional no desporto conhecido do público e dos sportinguistas, em
particular. E o Dionísio, um grande atleta que vestiu a camisola do Sporting.
Mas considero muito prematuro estar a falar de candidatos a candidatos. O
importante neste momento é a capacidade dos sportinguistas em se unirem,
abandonarem alguns estigmas, algumas falsas conotações, evitem a classificação
de pessoas como ‘sportingados’ ou sportinguistas de primeira, ou de segunda.
Não podemos continuar com divisionismos, ou com amarguras do passado", analisa.
Por fim, Miguel Salema Garção
apela aos jogadores para não rescindirem.
"Peço que não tomem essa posição. Estão
a prejudicar o Sporting e, nesse caso, a sociedade desportiva do futebol. O
Sporting tem uma empresa cotada em bolsa, tem acionistas e, portanto, necessita
de garantir os seus ativos, necessita de garantir a sustentabilidade, presente
e futura, da sociedade. Mas, fundamentalmente, é importante garantir um plantel
que posa competir na próxima temporada, com capacidade de lutar para vencer as
competições onde está inserido", conclui.