06 mai, 2018 - 11:15 • Ana Rodrigues
O Colégio Militar vive momentos de instabilidade. Segundo o “Diário de Notícias” deste domingo, esta escola do Exército suspendeu 19 alunos preventivamente, a um mês dos exames.
São alunos que se autodesgraduaram em protesto contra atitudes e medidas disciplinares de oficiais do corpo de alunos.
A Renascença contou vários pais e professores que confirmam o caso raro naquela instituição militar.
Dezanove alunos graduados, alunos mais velhos que têm como missão acompanhar e enquadrar os mais novos nas actividades do colégio, entregaram as graduações.
Trata-se de uma atitude de protesto contra atitudes e medidas disciplinares de oficiais do corpo de alunos.
Por terem entregado as graduações, os alunos foram suspensos durante seis dias. Estão impedidos de ir às aulas em plena altura de testes e a um mês dos exames. Estão também impedidos de dormirem no Colégio Militar, apesar de serem alunos internos, e a ser alvo de um processo de averiguações.
Na origem da desgraduação está, segundo os alunos, o facto de os oficiais humilharem os alunos graduados, desvalorizando o seu papel.
Contactado pela Renascença, o porta-voz do Estado Maior do Exército diz que o general Rovisco Duarte está a acompanhar a situação que, para já, é da responsabilidade da direção do Colégio.
Vicente Pereira salienta a importância de garantir a normalidade escolar, garantindo que na próxima revisão do regulamento interno do aluno haverá uma atenção maior do Exército para um melhor funcionamento no próximo ano.