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Primeira Liga

Sérgio Conceição, o arquiteto do título

22 mai, 2018 - 13:30

Quatro anos depois, com mais de 80% de vitórias e recorde de pontos, o dragão volta a erguer troféu de campeão nacional. Sérgio Conceição entra para o restrito lote de campeões como jogadores e treinadores.

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Melhor ataque, melhor defesa, intratável em casa, imponente longe do Dragão, recorde pessoal de pontos no campeonato (88, igualando o Benfica de 2015/16).

Em breves pinceladas consegue explicar-se a fórmula do sucesso de um FC Porto que volta a ser campeão nacional, quatro anos depois. E sob a batuta de um treinador que, tal como havia acontecido enquanto jogador, fez regressar a mística e o caráter destemido dos azuis e brancos.

A percentagem de vitórias na Primeira Liga 2017/18, acima dos 80% (82%), ajuda a pintar a imagem de um FC Porto que raramente facilitou. É certo que se colocou a jeito, por exemplo, com as derrotas em Paços de Ferreira e no Restelo, já na reta final do campeonato mas também os mais diretos concorrentes pelo título o fizeram.

Para além dos dois únicos desaires, houve ainda quatro empates - dois deles diante de Sporting e Benfica - mas, acima de tudo, 28 impactantes vitórias.

Em matéria de golos produzidos - 82 - a média ronda os 2,5 por jogo e o "grosso" da eficácia surgiu apenas dentro da última meia-hora de jogo: 29 no total, entre os minutos 60' e 90'. Já agora, o dragão marcou apenas um golo em tempo de compensação das segundas partes.

Em sentido contrário, a segunda melhor defesa da prova encaixou uma média de pouco mais de meio golo por encontro, com cinco dos 18 "tentos" encaixados a cingirem-se ao período mais crítico, entre os 15' e os 30'.

Sérgio Conceição entra no clube de Pedroto e Oliveira

São raros, muito raros, os casos de treinadores que se sagram campeões nacionais quando já o haviam sido enquanto jogadores, ao serviço do mesmo clube.

No FC Porto, passam a ser quatro os nomes que compõem um corredor da fama bem específico.

O primeiro - porventura um dos nomes mais sonantes a passar pelo banco azul e branco, em toda a sua história - é José Maria Pedroto. Campeão nacional como atleta em 1955/56 e 1958/59, orientaria os portistas nos títulos de 1977/78 e 1978/79.

Mais tarde, o nome improvável de Augusto Inácio, que na temporada de 1995/96 pegou nas rédeas do dragão, aquando de um período de ausência de Bobby Robson, devido a doença. Antes, como jogador, havia erguido os "canecos" de 1984/85, 1985/86 e 1987/88.

Finalmente, antes de surgir o nome de Sérgio Conceição - campeão como jogador em 1996/97 e 1997/98) -, ainda alcançou idêntica proeza António Oliveira. Aquele que seria também selecionador nacional "AA" de Portugal foi campeão em 1977/78 e 1978/79, sob o comando de Pedroto e seria bicampeão como técnico: 1996/97 e 1997/98. E com Sérgio Conceição no plantel.

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  • FM.
    22 mai, 2018 GAIA 19:59
    PEÇO AO NOSSO SERGINHO QUE FIQUE POR MUITOS ANOS NO NOSSO F.C. DO PORTO.ESPERO ,QUE O PRESIDENTE E DIREÇÃO SEJAM COMPETENTES PARA DAREM CONDIÇÕEAO SERGINHO PARA FICAR POR MUITOS ANOS.EVIDENTEMENTE QUE TERÁ QUE TER MELHORES CONDIÇÕES FINANCEIRAS E JOGADORES CAPAZES,DE MODO A QUE CHEGUÊMOS AO BI-CAMPEONATO. SAUDAÇÕES DESPORTIVAS.

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