19 abr, 2018 - 10:40 • Redação
Mohamed Salah está no Liverpool desde junho de 2017. Assinou pelo clube britânico por 42 milhões de euros, mais 8 milhões de bónus, tornando-se no jogador africano mais caro da história. Todos os meses, doa perto de quatro mil euros.
O salário mensal do egípcio de 25 anos que começou a jogar no Al Mokawloon (Cairo) é hoje de 415 mil euros. A maior parte do dinheiro viaja até à pequena cidade de Nagrig, onde nasceu, a 130 quilómetros da capital egípcia.
Já ofereceu uma ambulância, um aparelho para o tratamento da artrite reumatoide e duas incubadoras para bebés prematuros.
Por mês, doa perto de quatro mil euros para ajudar famílias carenciadas na sua terra natal.
O jogador fundou uma fundação de solidariedade com o seu nome – a Mohamed Salah Charity Foundation – através da qual pretende agora construir um hospital e uma escola em Nagrig.
Um dia, quando a sua família foi vítima de um assalto, Salah decidiu ir contra a pretensão do seu pai – que queria fazer queixa às autoridades – e decidiu ajudar o ladrão a encontrar emprego.
Mohamed Salah nasceu numa família modesta e desde criança que queria ser jogador de futebol. Os seus ídolos eram Ronaldo, Totti e Zidane. Apesar de difícil, Salah nunca desistiu do sonho.
O primeiro contrato foi assinado aos 14 anos, por um clube situado no Cairo, a quatro horas e meia de distância de Nagrig (nove horas no total, com ida e volta). Acabou por obter uma autorização para estar apenas duas horas na escola. E a educação acabou por ficar em segundo plano.
Tornou-se internacional no FC Basel, onde se destacou e não passou despercebido ao Chelsea, que o contratou em 2014. Daí seguiu para o Fiorentina e o Roma, onde, em 2016, marcou um ‘hat-trick’ e deu a vitória ao clube sobre o Bolonha, por 3–0.
Em junho de 2017 assinou pelo Liverpool, onde se tornou uma estrela ao ajudar a equipa a chegar às semifinais da Liga dos Campeões, depois de duas vitórias improváveis contra o Manchester City de Pep Guardiola.
No início deste mês, Mohamed Salah bateu Cristiano Ronaldo na eleição de melhor jogador da semana da Liga dos Campeões. Com 30 golos no saco, o egípcio tornou-se um sério candidato a revelação mundial.