12 abr, 2018 - 22:48
Jorge Jesus admitiu, esta quinta-feira, após a saída do Sporting da Liga Europa, que estava a apostar tudo na conquista da competição.
Na segunda mão dos quartos de final, os leões bateram o Atlético de Madrid, por 1-0, mas acabaram eliminados, em virtude do 2-0 sofrido em Espanha. Em declarações à SIC Notícias, o treinador admitiu que, estando a cinco pontos do FC Porto e a seis do Benfica e considerando que só os dois primeiros vão, este ano, à Liga dos Campeões, o Sporting via a Liga Europa como a porta para a Liga milionária:
"O campeonato está difícil, como estava antes. Havia a solução de ir à Champions por aqui. Apostava as fichas todas nesta competição. Saímos com uma grande equipa. Não estamos felizes, não ficamos contentes. Mas voltámos o pôr o Sporting na Europa com muita qualidade."
Eliminatória perdida de forma amarga
Quanto à partida, para Jesus, "faltou o segundo golo" para ser feliz. "Fizemos 70 minutos de grande qualidade. Na primeira parte, o Atlético teve dificuldade para perceber como o Sporting estava a jogar. Fizemos um golo na primeira parte, o que era importante", analisou. "Nos últimos 15, 20 minutos os jogadores começaram a ter alguma carga física."
O técnico assumiu que "fica um amargo de boca" pela derrota da primeira mão. "Hesitei em Madrid, mas era para jogar assim [com três centrais] lá. Se tenho feito isso, não tinha acontecido o que aconteceu, mas não sou bruxo. Com este sistema, sabia que os ia surpreender. Faltou também o Montero marcar aos 90 minutos [em Madrid], pois teria passado. Isto prende-se nos detalhes. Em Portugal há muito a cultura que três centrais é um sistema defensivo, o que é mentira. Pelo contrário, desde que se saiba trabalhar com esses jogadores", assinalou.
Jesus destacou Acuña, que "foi o melhor jogador", e Montero, que "fez um grande jogo" e de quem "não se notou muito a diferença" para Bas Dost, uma das várias ausências: "Tivemos Bas Dost, William, Piccini, Fábio [Coentrão] de fora, mas os outros estiveram muito bem."