A+ / A-

PS já discute anteprojeto para legalizar morte assistida

05 abr, 2018 - 01:45

Documento está no grupo parlamentar do partido e avançará nas próximas semanas um projeto final a ser entregue na mesa do Parlamento.

A+ / A-

Está pronto o anteprojeto do PS para legalizar a morte assistida. O documento já foi entregue à direção da bancada parlamentar.

As duas subscritoras do texto, Maria Antónia Almeida Santos e Isabel Moreira, esperam agora contributos dos deputados socialistas para nas próximas semanas entregarem um projeto final na mesa do Parlamento.

Em conversa com a Renascença, Isabel Moreira explica que o texto terá todo o respeito pela Constituição e questionada sobre o efeito de rampa deslizante, ou seja, o alargamento progressivo de situações de morte assistida, a deputada do PS defende que esse é um argumento que pode levar à paralisação do legislador e que a intenção dos socialistas se mantém: fazer votar o diploma até ao final desta sessão legislativa.

“É um anteprojeto que está aberto aos contributos dos deputados do grupo parlamentar. É um projeto que teve em conta todas as cautelas constitucionais que um projeto desta natureza deve ter, nomeadamente os dois parâmetros constitucionais mais importantes, que são a vida humana e a dignidade da pessoa humana”, disse.

Isabel Moreira insiste que foi um anteprojeto feito com muito cuidado, muita ponderação, com muitos contributos”.

“É um projeto diferente do do Bloco de Esquerda, mas que não tem diferenças abissais”.

Também a bancada parlamentar de Os Verdes promete desde há semanas a apresentação do seu próprio projeto de lei sobre a legalização da morte assistida, mas a Renascença sabe que os deputados se têm deparado com vários problemas relacionados com o argumento da rampa deslizante o que está a atrasar a entrega do texto.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+