27 mar, 2018 - 08:21
O Dia Mundial do Teatro é celebrado em Portugal com peças de teatro, debates, lançamentos de livros, leituras encenadas e uma homenagem ao ator João Ricardo, que morreu em novembro de 2017.
Em Lisboa, o Teatro Nacional D. Maria II volta a abrir as portas ao público, com entradas livres para atividades e espetáculos, sujeitos ao levantamento de bilhetes.
As atividades no D. Maria II incluem uma visita guiada à exposição que assinala o 120.º aniversário do nascimento da atriz Amélia Rey Colaço, a exibição do documentário “Canção a meio”, de Maria Remédio; o lançamento de “Preparação pessoal do ator no seu processo criador de vivência das emoções”, de Konstantin Stanislávski, e da “Biografia Sousa Bastos”, de Paula Magalhães.
O teatro nacional abre ainda ao público as representações de “Ex-zombies: uma conferência”, às 19h00, “Montanha-russa”, às 21h00, e “Sweet home Europa”, às 21h30.
No Teatro Aberto, em Lisboa, a efeméride é assinalada pelo seu diretor, João Lourenço, com uma iniciativa subordinada ao título “Lembrando”.
A comemoração inclui um debate sobre “O teatro e o futuro”, em que participam a atriz e encenadora Cristina Carvalhal, a encenadora Marta Dias e o encenador Rui Francisco.
Teatro Nacional S. João de portas abertas
No Porto, o Teatro Nacional S. João também vai proporcionar um dia de espetáculos e outras atividades de acesso gratuito.
O teatro de S. João irá divulgar a programação para os últimos quatro meses desta temporada (abril a julho deste ano), numa cerimónia em que estarão presentes o presidente do conselho de administração e o diretor artístico, Pedro Sobrado e Nuno Carinhas, respetivamente, e criadores que ali vão apresentar os seus projetos, como Olga Roriz, Joana Providência e António Durães.
O teatro do Porto vai ainda fazer uma visita guiada, gratuita, com tradução em inglês, francês, espanhol e com um videoguia em língua gestual portuguesa.
As comemorações terminam com a exibição do documentário de Paulo Abreu “I don't belong here”, sobre o projeto de teatro documental, concebido pelo ator e encenador Dinarte Branco e pelo escritor e guionista Nuno Costa Santos.
A proposta retrata a deportação de cidadãos portugueses, nos EUA e no Canadá, para os Açores, com memórias e experiências do repatriamento. O espetáculo foi coproduzido pelo S. João e protagonizado pelos próprios deportados. No final da exibição haverá uma conversa com os participantes no filme.
Escultura em homenagem a João Ricardo
Em Carnide, a Junta de Freguesia inaugura, no sábado, uma escultura de homenagem ao ator João Ricardo, que morreu em novembro passado. O trabalho é do artista plástico e cenógrafo Luís Sousa, do Teatro da Cornucópia.
Trata-se de uma cadeira, que simboliza as homenagens realizadas há 11 anos pela Junta de Freguesia no âmbito das comemorações.
A cadeira, uma ideia do próprio João Ricardo, que se iniciou como ator e encenador no Teatro de Carnide, ficará localizada no Largo das Pimenteiras, em frente à sede da junta.
Depois da homenagem, será inaugurada, na sede da junta, uma exposição sobre o percurso do ator, no Teatro de Carnide e, no domingo, será reposta a peça “O dragão cor de framboesa”, uma encenação de João Ricardo em 1994, que agora retoma o elenco inicial – Conceição Loureiro, Gonçalo Ferreira, Paula Granja, Pedro Górgia e Rita Martins.
A peça terá representações na terça-feira e nos dias 6 de abril, às 21h30, e 7 e 8 de abril, às 16h00.