Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

2017. INE confirma défice de 3% com o impacto da CGD

26 mar, 2018 - 11:07

O impacto da injecção de quase 4 milhões de euros no banco público subiu o valor do défice de 2017 em dois pontos percentuais.

A+ / A-

A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos fez subir o défice de 2017 para 3%. Os dados reportados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) referem que o valor inicial do défice foi de 0,92%, abaixo da estimativa oficial do Governo que apontava para 1,5%.

A recapitalização do banco público, onde foram injetados quase 4 milhões de euros, valor que a cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), fez subir o défice de cerca de 1% para 3%.

"Em 2017, a necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) atingiu 5.709,4 milhões de euros, o que correspondeu a 3% do PIB", relata o INE no documento sobre o Procedimento dos Défices Excessivos.

"Este resultado inclui o impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no montante de 3.944 milhões de euros, que determinou um agravamento da necessidade de financiamento das AP em 2,0% do PIB", pode ler-se no relatório.

Procedimento dos Défices Excessivos da UE

Embora a União Europeia impeça os Estados de excederem o défice de 3% do PIB, os resultados agora revelados pelo INE não significam o regresso de Portugal a um Procedimento do Défice Excessivo, por duas razões.

A primeira é que Portugal tocou no limite dos 3%, mas não o excedeu. A segunda razão tem a ver com o facto de a recapitalização da CGD ser encarada pela UE como uma "operação pontual" que não se deverá repetir.

No entanto, as autoridades europeias frisaram no início de março que Portugal fica sob pressão para que, em 2018, o défice fique claramente abaixo dos 3% do PIB.

Dívida mais baixa

O resultado provisório do valor da dívida pública indica uma baixa ligeira em relação a 2016.

A dívida bruta das Administrações Públicas, em 2017, é de 125,7% - uma melhoria em relação aos 129,9% previstos para 2016 (dados também provisórios).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Eborense
    26 mar, 2018 Évora 12:58
    Então o Zézito das conferências e o Vara dos Robalos não contribuem com nada, para reduzir o défice? Com o que "arrecadaram" bem podiam dar agora algum ao camarada Costa, nem que fosse para que o défice ficasse em 2,999%, porque assim já não seria défice excessivo.
  • 26 mar, 2018 aldeia 12:15
    Quando acaba a injecção de milhões de euros para os bancos? O zé tem de pagar isto tudo,para aumentar as pensões e reformas nunca há um euro,mas para a má gestão dos bancos ,aparecem logo milhões...........e o mais engraçado (que não tem graça nenhuma) é que os gestores nunca são responsabilizados de nada e ainda auferem vencimentos,regalias,prémiops e pensões escandalosas.
  • Freitas
    26 mar, 2018 Freita 11:24
    Então e agora o que dizem os galináceos da extrema esquerda?? Cócórócócóóó.....
  • Alves
    26 mar, 2018 Redol 11:21
    Olha a pantomineiro Kostov a dizer que o défice era abaixo de zero...Vendedor da banha da cobra!

Destaques V+