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PJ apreende mais de 400 mil euros em investigação na Câmara de Pedrógão Grande

21 mar, 2018 - 13:03

O caso envolve um chefe de divisão, uma contabilista e uma tesoureira da autarquia, suspeitos da prática de vários crimes de peculato e de falsificação de documentos.

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A Polícia Judiciária apreendeu mais de 400 mil euros na investigação que levou à detenção, na terça-feira, de um chefe de divisão da Câmara de Pedrógão Grande, suspeito de vários crimes de peculato e de falsificação de documentos.

O caso envolve um chefe de divisão, uma contabilista e uma tesoureira da Câmara de Pedrógão Grande, que estão suspeitos da prática de "vários crimes de peculato e de falsificação de documentos", disse à agência Lusa fonte da PJ.

O chefe de divisão foi detido e uma das funcionárias foi constituída arguida.

"Não temos ainda um valor final apurado [do dinheiro desviado da autarquia], mas nas diligências de terça-feira apreendemos, em numerário, um valor superior a 80 mil euros", sendo que, juntamente com o saldo bancário, foram apreendidos "mais de 400 mil euros", acrescentou a mesma fonte.

Segundo a PJ, a prática destes crimes terá decorrido, pelo menos, ao longo de 2017 e início de 2018, mas há uma "suspeita forte de que esta atividade já vinha sendo praticada muito antes de 2017".

A denúncia da suspeita "partiu da própria Câmara Municipal de Pedrógão Grande" e a investigação arrancou no início deste ano, referiu a mesma fonte, frisando que o desvio de dinheiro da autarquia não está relacionado com fundos de donativos associados ao apoio pós-incêndio.

O suspeito alegadamente "elaborava ordens de pagamento, falsas ou falsificadas, aparentemente em benefício de terceiros, no todo ou em parte", sendo que terá recolhido "as assinaturas de verificação e de autorização desses pagamentos, de que depois beneficiava pessoalmente, usando, para o efeito, o fundo de maneio da autarquia, que mantinha acima dos valores legais", refere a PJ, num comunicado enviado hoje à agência Lusa.

Através ainda da elaboração de ordens de pagamento falsas, o suspeito terá liquidado "diversas despesas particulares, recebendo em seguida o respetivo valor, fazendo constar que o pagamento de tais despesas era da responsabilidade da autarquia", acrescenta a Diretoria do Centro.

O suspeito vai ser presente hoje à tarde no Tribunal de Leiria, para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.

Comentários
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  • Americo
    21 mar, 2018 Leiria 14:07
    O Sr, Presidente do Município não era inspector da Judiciária ?
  • Um ver se te avias
    21 mar, 2018 Lisboa 14:05
    Bem queria a oposição que tudo fosse feito à pressa. Mesmo assim é o que se vê. Cana com eles? Onde pára a Thia Ronalda Kristas?
  • 21 mar, 2018 aldeia 13:46
    "toda" a gente se amanha!......uma vergonha de país..............

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