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Antigo treinador de Mário Rui surpreendido com a chamada à seleção nacional

19 mar, 2018 - 18:15

João Sousa, que orientou o lateral-esquerdo no Fátima, frisa que quem tem qualidade para ser titular no Nápoles também tem qualidade para vestir a camisola principal das "quinas".

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O treinador João Sousa, que orientou Mário Rui no Fátima, antes da ida do lateral para o futebol italiano, ficou surpreendido com a chamada à seleção nacional, mas não pela qualidade do jogador.

O defesa do Nápoles entrou na convocatória de Fernando Santos, devido à lesão e consequente dispensa de Fábio Coentrão. Em entrevista a Bola Branca, João Sousa salienta a juventude do antigo pupilo.

"Acaba por ser sempre uma surpresa. O Mário era muito novo quando estava no Fátima, por empréstimo do Benfica. Tinha já muitos valores, era um jogador muito competitivo, bastante novo, mas que se impôs na equipa do Fátima, que era muito experiente. [Sinto] alguma admiração, porque, muitas vezes, não se aposta no jogador jovem. Mas o Fernando Santos é dos treinadores que mais apostam nos jovens, temos o André Silva, o Gelson, há vários jogadores com que o Fernando tem conseguido aproveitar o bom trabalho feito na formação dos clubes", salienta.

João Sousa recorda a passagem de Mário Rui pelo Fátima, sublinhando a polivalência do lateral em todo o corredor esquerdo. "É um jogador muito competitivo, psicologicamente é muito forte, dá tudo em campo, tem um pé esquerdo muito forte, é rápido. Comigo, foi utilizado como lateral-esquerdo, médio-ala esquerdo, extremo esquerdo", lembra.

Mário Rui conquistou a titularidade no Fátima, apesar da tenra idade, por quão "adulto no campo" se mostrava, e era um dos jogadores "mais apreciados pela equipa técnica", pelo que João Sousa fica "muito satisfeito" pela primeira chamada do lateral à seleção principal: "É sempre bom ver um jogador que passou por nós estar no máximo."

Titularidade no Nápoles é de valor

João Sousa tem acompanhado a carreira de Mário Rui no Nápoles, e conclui que quem joga como titular no segundo classificado da Liga italiana de grande valor pode aspirar a um lugar na seleção nacional.

"Isto demonstra a qualidade dele e o caráter que ele tem. Temos de nos sentir orgulhosos de o Mário pertencer a um dos melhores plantéis italianos. Agora, quem chega a jogar numa formação tão forte como o Nápoles, também pode aspirar a chegar a uma seleção nacional", sublinha o técnico. "É bom para ele e é bom para os jogadores jovens sentirem que podem chegar onde o Mário está a chegar."

Portugal defronta o Egipto na sexta-feira, às 19h45, em Zurique, e mede forças com a Holanda na próxima segunda-feira, às 19h30, em Genebra, ambos na Suíça. Os dois jogos, de preparação para o Mundial 2018, terão relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.

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