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Standard & Poor’s mantém perspetiva estável para Portugal

16 mar, 2018 - 22:20

O Governo garante que "prosseguirá políticas que garantam um modelo económico sólido, alicerçado na implementação do Programa Nacional de Reformas, na gestão equilibrada das contas públicas e na promoção de um crescimento sustentável e inclusivo".

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A agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) manteve hoje a nota de Portugal em BBB-, a nota mínima do escalão de investimento, com perspetiva estável.

Em comunicado, a A&P prevê que a recuperação económica de Portugal "beneficie as finanças públicas e permita o declínio da dívida pública, expressa em percentagem do produto interno bruto, até 2021".

A agência justificou a sua perspetiva com a ponderação da continuação do "crescimento económico sólido e da consolidação orçamental nos próximos dois anos" com as "vulnerabilidades da elevada, se bem que em queda, dívida externa privada e pública".

O rating pode ser melhorado, antecipou a agência de notação, se Portugal apresentar progressos na redução das dívidas externa e pública, acima do que a S&P espera. A mesma decisão pode ser tomada para "refletir potenciais melhorias na estabilidade financeira".

Ao contrário, avisou a agência, a nota pode ser revista em baixa, o que significaria o seu regresso a um escalão de investimento especulativo, pejorativamente designado "lixo".

Esta degradação da nota resultaria, especificou a S&P, de "um acentuado enfraquecimento do crescimento económico provocado por importante desvios de política ou uma falta de progresso na realização de reformas estruturais promotoras do crescimento".

"A S&P poderia também reduzir a nota se a situação orçamental se deteriorasse consideravelmente, ao contrário das (nossas) expectativas ou se se visse uma reversão no ajustamento externo em curso", adianta.

A S&P alicerçou a manutenção da nota em nível de investimento na sua previsão de continuação de perspetivas de crescimento económico, da redução do défice orçamental, das melhorias no perfil da dívida pública e da política acomodatícia do Banco Central Europeu.

As melhorias estão porém condicionadas, relativizou a S&P, pela elevada dívida pública e privada e também pela relativamente elevada dimensão do crédito malparado no setor bancário.

Na reação, o Governo garante que "prosseguirá políticas que garantam um modelo económico sólido, alicerçado na implementação do Programa Nacional de Reformas, na gestão equilibrada das contas públicas e na promoção de um crescimento sustentável e inclusivo".

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