10 mar, 2018 - 20:30 • Eunice Lourenço
Menos de uma hora depois de o ex-ministros António Pires de Lima ter subido ao palco do Congresso do CDS para falar do PSD como “partido amigo”, o deputado e dirigente João Almeida fez o discurso mais distante dos antigos parceiros de coligação, culpando mesmo o PSD por, em 2015, a coligação que juntava os dois partidos não ter tido maioria absoluta.
“Não vale a pena lá voltar com esta proporção de forças”, disse João Almeida, defendendo que o CDS tem de fazer o seu caminho sem olhar para o parceiro do lado. “Não podemos ficar à espera da força dos outros”, terminou o deputado e dirigente do CDS.
Antes, já tinha dito que o CDS já teria sido essencial em 2015 se tivesse sido dado mais espaço às ideias defendidas pelo democratas-cristãos para o crescimento económico e para a devolução de rendimentos.
“Não só teríamos ganho as eleições como teríamos tido maioria absoluta. (…) O país queria as ideias que o CDS defendia”, disse João Almeida, responsável agora por um dos projetos em que Assunção Cristas aposta para chegar a mais gente, a CDS-TV.
Em 2015, depois de quatro anos de Governo em coligação, o PSD e o CDS concorreram juntos às eleições legislativas com a coligação Portugal à Frente (PaF). Tiveram 38,5 por cento dos votos, elegendo 107 deputados. E ainda formaram governo que foi derrubado no Parlamento, dando lugar ao atual Governo liderado por António Costa e apoiado numa maioria de esquerda.