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Governo aumenta para 40% quota mínima por género na Administração Pública

08 mar, 2018 - 13:57

Conselho de Ministros aprova dois diplomas para a promoção da igualdade de género. Propostas seguem para a Assembleia da República.

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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira as alterações à lei da paridade que aumentam de 33% para 40% o limiar mínimo da representação por género nos órgãos da Administração Pública, alterando ainda a ordenação das listas nas várias eleições.

No Dia Internacional da Mulher, o Conselho de Ministros aprovou “um conjunto de diplomas que renovam e confirmam o compromisso do Governo na implementação de políticas públicas que promovam a igualdade e não discriminação como condição de progresso e de desenvolvimento”, disse a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.

Segundo a ministra, foram aprovadas duas propostas de lei, que vão ser submetidas à Assembleia da República: uma estabelece o regime de representação equilibrada entre homens e mulheres no pessoal dirigente e nos órgãos da Administração Pública, incluindo as instituições do ensino superior e as associações públicas como as ordens profissionais, e a outra altera a lei da paridade de 2006 sobre a representação nos órgãos do poder político.

Relativamente à lei da paridade, a ministra destacou como uma das “alterações mais importantes” o aumento do limiar de representação mínima de cada género - dos atuais 33% para 40% - nas listas a apresentar para o Parlamento Europeu, para a Assembleia da República, para as câmaras e assembleias municipais, assembleias de freguesia e para os vogais das juntas de freguesia.

Além disso, é alterada a regra de ordenação das listas, “passando os dois primeiros lugares a serem ocupados por candidatos de sexo diferente, em vez de um em três como acontece atualmente”, explicou Maria Manuel Leitão Marques.

“A seguir não podem ser colocados mais de dois candidatos do mesmo sexo consecutivamente como já é regra”, adiantou.

Foi ainda revisto o mecanismo de sanção, em caso de incumprimento da lei da paridade, propondo o Governo que se acabe com a multa que até aqui é aplicada e que a lista em causa seja rejeitada pelos tribunais.

Comentários
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  • So Aires
    08 mar, 2018 Buenos 19:08
    Que bom, eu axo k a quota no trabalho para as mulheres deveria ser cerca de 66,66% (2/3), pois assim as probabilidades de ser a minha mulher a trabalhar para eu ficar em casa seria bem maior!! Mas agora mais a sério, para quando uma quota para as mulheres no setor da construção civil?? Só os homens é k têm que andar dependurados nos andaimes e à chuva??
  • Género
    08 mar, 2018 lisboa 15:36
    Entao e a proteção das celebres minorias tb na há cotas.As cotas são um sinal de decadência da sociedade e do mérito.Considerando a igualdade do género estão a discriminar negativamente mts e negar a ciência .Em politica é preciso coerência e racionalidade senão os parlamentos,governos e seus braços são cada vez mais odiados pelo povo que de eleitores passam a votar em novos partidos ou odiar o sistem e/0u absrerem-se até um dia.Acrise está á porta só não vê quem é cego e n acredita na saturação de regimes quase totalitários e irrealistas.
  • Para refletir...
    08 mar, 2018 Almada 15:34
    E neste país "quase perfeito", isto também acontece sem que haja ninguém interessado em fazer algo para mudar, pois deve ser normal! Vejam este estudo da DECO que se encontra aqui e noutros lados, é só procurar: "http://rr.sapo.pt/video/117597/portugueses_confiam_muito_pouco_na_justica". "Não atirem mais areia para os nossos olhos!"

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