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Primeiro-ministro: Portugal continua disponível para acolher refugiados

30 jan, 2018 - 16:27

Costa almoçou no restaurante sírio Mezze, em Lisboa, cogerido por refugiados.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta terça-feira, que Portugal continua disponível para receber refugiados, admitindo que "tem sido lento" o mecanismo europeu de recolocação e reinstalação.

"Ao nível da União Europeia estamos creio que em sexto lugar no acolhimento dos refugiados em operações de recolocação e continuamos activos e disponíveis para os receber", disse António Costa, em declarações aos jornalistas, depois de ter almoçado no restaurante de cozinha síria Mezze, no mercado de Arroios, em Lisboa, um projecto da Associação "Pão a Pão" que visa a integração de refugiados do Médio Oriente, fundada por três portugueses e uma estudante síria.

Costa sublinhou que a quota portuguesa é de "praticamente dez mil pessoas", que na operação de recolocação chegaram cerca de 1500 e que na reinstalação "prevêem-se que possam chegar mais 1100".

"É um mecanismo que tem sido lento a funcionar mas eu acho que Portugal tem sido exemplar quer na abertura quer na capacidade de acolher quer na capacidade de integrar na sociedade que é o mais importante", defendeu António Costa.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo português tem procurado "que ao nível da União Europeia os mecanismos de recolocação e de reinstalação funcionem melhor do que o que tem funcionado".

14 postos de trabalho e salário acima da média

Segundo uma das fundadoras da Associação, a ex-jornalista Francisca Gorjão Henriques, o restaurante emprega 14 refugiados (12 sírios, um iraquiano e uma palestiniana) e dois portugueses, que recebem um salário "acima do que se paga na restauração", cumprindo horário seguido, o que "permite empregar mais pessoas".

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António Costa destacou o Mezze como "um exemplo de sucesso" e sublinhou que o objectivo do acolhimento não visa apenas assegurar a protecção mas também que "as pessoas possam retomar e encontrar os seus próprios caminhos de vida".

Questionado sobre os alertas do ex-Presidente da República Jorge Sampaio - com quem almoçou no Mezze - para a necessidade de "fazer mais" na reintegração, António Costa considerou que hoje o país tem mais possibilidades de acolher e integrar por ter "mais condições de crescimento económico".

Segundo o primeiro-ministro, "há um conjunto de universidades e politécnicos que sinalizaram as disponibilidades para acolher estudantes", tal como várias empresas.

"Esse trabalho existe mas é essencial que as pessoas possam chegar até nós e a verdade é que temos verificado que os mecanismos de recolocação e reinstalação têm sido menos dinâmicos do que aquilo que desejávamos", admitiu.

No que toca à integração, António Costa considerou que "no essencial" tem corrido bem, frisando que "mais de 50% dos refugiados que chegaram a Portugal "tem vindo a autonomizar-se encontrando trabalho ou outros caminhos em processos normais, noutros países, ou no reagrupamento" familiar.

António Costa elogiou a iniciativa do ex-Presidente da República Jorge Sampaio que promoveu uma plataforma global para que jovens estudantes refugiados possam prosseguir os seus estudos universitários.

"É muito importante para que sempre que países enfrentem crises não haja uma geração perdida por não poderem continuar os seus estudos", considerou.

Comentários
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  • Anonymous
    31 jan, 2018 Lisboa 16:28
    há uma grande corrupção neste restaurante, verifique o custo da renovação, você não pode pagar pelo seu cartão, apenas uma família trabalhando eles registered nomes como empregados e eles tomaram o salário, aluguel grátis, nenhum salário onde está a doação vai !! !!!
  • Ze Fala Barato
    30 jan, 2018 Nevers 23:24
    Podes pagar o ensino aos refugiados depois dos portugueses deixarem de pagar propinas livros alojamento e refeições.Os meus antepassados construiram este país ,seu grande esquecido...
  • COSTA DEMAGOGO
    30 jan, 2018 Lx 19:31
    Camarada Costa leva-os para tua casa epara o Largo do Rato para lhes dar alojamento e comida apesar do PS estar falido...Pode ser que a fundação do Marocas ajude nas despesas, ou a Rarrísimas, ou a Santa Casa...
  • martins joao carlos
    30 jan, 2018 suissa 18:14
    pois pois a maoria dos refugiados so passao por Portugal para apanharem o passaporte português ou abrirei os olhos porque depois fogem sem deixar rasto nem agradecer a quem os acolheu aibrao os parazitas depois ainda veem falar mal dos portugueses mas a politica e assim deem condições aos nacionais e deixem essa gente no pais deles
  • Cidadão desempregado
    30 jan, 2018 Lisboa 18:02
    Fala por ti oh costa!
  • stiven
    30 jan, 2018 vila verde 17:55
    AS PALAVRAS D PM NÃO CORRESPONDEREM A VERDADE. OS REFUGIADOS E OS OUTROS , SÃO SUJEITOS A UMA VIDA TIPO ; VERME ! AS MENTIRAS NÃO DURAM PARA SEMPRE !

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