17 fev, 2018 - 18:50 • Eunice Lourenço e Paula Caeiro Varela
"Não foi difícil chegarmos os dois a um acordo, aquilo que foi difícil foi encaixarmos muitos nomes onde cabiam poucos", disse Rui Rio, o novo líder do PSD, que esta tarde subiu ao palco do Congresso para anunciar os principais nomes dos órgãos internos do PSD. AS listas são votadas na manhã de domingo.
Rio e Santana chegaram a acordo já de madrugada, para terem listas conjuntas a todos os órgãos, excepto à Comissão Política, que é a direcção do partido.
A lógica do acordo é que cada lista represente a votação que cada um teve nas eleições directas de 13 de Janeiro (46 por cento para Santana, 54 para Rui Rio).
Passava pouco das 18h00 quando Rio subiu ao palco, quase uma hora antes do prazo final para a entrega de listas, começando por anunciar os primeiros nomes ao Conselho Nacional, o principal órgão entre congressos.
O primeiro nome é o de Pedro Santana Lopes e os três seguintes foram indicados por ambos: o eurodeputado Paulo Rangel, o ex-ministro Arlindo Cunha e José Matos Rosa, o secretário-geral que cessa funções neste congresso.
Para o Conselho de Jurisdição, a lista, como a Renascença já tinha avançado, é liderada por Nunes Liberato, ex-chefe da Casa Civil de Cavaco Silva, e, para a Mesa do Congresso, também se confirma o nome de Paulo Mota Pinto.
Na Comissão Política, a novidade é o nome de Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados, que vai ser uma das vice-presidentes de Rui Rio.
Os outros "vices" são Nuno Morais Sarmento, David Justino, Castro Almeida, Isabel Meireles e Salvador Malheiro. Estes nomes formam a Comissão Permanente, da qual também faz parte o novo secretário-geral, quê será Feliciano Barreiras Duarte.
Na "permanente", também tem assento o líder parlamentar, que será eleito na quinta-feira e que deverá ser Fernando Negrão, um apoiante de Santana que avançou com a candidatura à bancada em acordo com Rio.
Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência, que chegou a ser dada para uma das vice-presidências, fará também parte da direcção do partido, mas como vogal da Comissão Política, anunciou Rui Rio.