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Tragédia nos EUA. ​“Rezem por esta escola, pelos pais destes alunos"

15 fev, 2018 - 08:30

Tiroteio numa escola de Parkland, considerada uma das mais seguras matou, pelo menos, 17 pessoas. Atirador é um ex-aluno referenciado por problemas de disciplina.

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“Ele conhecia a escola, preparou-se para isto”. Alunos descrevem tiroteio em escola nos EUA
“Ele conhecia a escola, preparou-se para isto”. Alunos descrevem tiroteio em escola nos EUA

“Rezem por esta cidade, rezem por esta escola, pelos pais dos alunos e pelos que perderam a vida. É um dia horrível”. O pedido foi deixado pelo xerife do condado de Broward (Florida), Scott Israel, depois de ter anunciado a morte de 17 pessoas após o tiroteio numa escola.

Um ex-aluno da escola secundária da cidade de Parkland entrou no estabelecimento de ensino armado e disparou. O jovem, de 19 anos, já estava referenciado por problemas de disciplina, razão pela qual foi expulso daquele estabelecimento de ensino. Além das vítimas mortais, há ainda 14 feridos, três dos quais em estado grave.

No momento do tiroteio, estavam na escola cerca de três mil alunos.

“Estava sentada na sala de aula e começámos a ouvir tiros. Nesse momento, comecei a fugir... ouvi sete tiros antes de começar a fugir. Quando estava a correr, ouvi mais dois tiros. Comecei a correr e a pensar ‘eu não vou ser atingido’, recorda um aluno à entrada da escola.

Outra aluna relata ainda o momento em que viu o professor morto.

“Ele aproximou-se da porta e foi baleado. O meu professor estava morto. Eu vi-o, foi horrível. Estava muito assustada e não sabia o que fazer. Estavam todos muito assustados e a chorar, mas quase todos permaneciam calados”, descreve ao jornal "USAToday".

Uma outra aluna refere que ouviu “pelo menos cinco ou seis tiros”. “Pareciam bombinhas de Carnaval, não sabíamos muito bem o que seria. Ouvimos a polícia a gritar e a bater nas portas. Depois vi corpos e não era nada bom, vi pessoas que conhecia, como colegas da minha professora”, diz visivelmente transtornada.

“O nosso governo e o país falharam”

Uma das professoras da escola, Melissa Falkowski, relata que se escondeu com os 19 alunos dentro de um armário durante 40 minutos. “Nós não podíamos estar mais preparados para uma situação destas, o que nos deixa ainda mais frustrados. Fizemos tudo o que podíamos. As escolas de Broward preparam-nos para estas situações e, ainda assim, ver este cenário, é chocante. Hoje sinto que o nosso governo e o nosso país falharam e falharam com os nossos alunos e não nos mantiveram em segurança”, realça.

A escola secundária de Parkland onde aconteceu a tragédia é considerada uma das mais seguras dos EUA. “Ouvimos histórias destas a toda a hora, mas nunca pensamos que possam acontecer aqui ao pé de nós. Todos sabem que este é um sítio seguro e não esperávamos que isto acontecesse aqui”, acrescenta outro aluno.

O tiroteio ocorrido num liceu da Florida é o 18.º incidente do género numa escola nos Estados Unidos desde 1 de janeiro, segundo ativistas, que frisam não haver nenhum país desenvolvido no mundo com um tal registo.

Comentários
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  • Antonio
    15 fev, 2018 Lisboa 10:21
    Neste caso é um aluno referenciado. Escondem que é um Antifa, apoiante de partidos de extrema-esquerda como circula nas redes sociais. Se fosse um apoiante de Trump era já apelidado de Nazi. Eis a verdade, filtrada pelos média. Chamem o comunista antifa pelo Nome!!!
  • fanã
    15 fev, 2018 aveiro 09:29
    Quando se pode adquirir uma arma como quem compra um maço de tabaco , nos USA este tipo de tragédias é o Pão deles cada dia . O porte e uso de armas está na cultura deles !

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