06 fev, 2018 - 11:21 • Olímpia Mairos
O bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, convida os seus diocesanos a viverem a quaresma como “o tempo da mudança e da aposta na verdade, na beleza e no bem”.
“Se desprezamos o belo, a verdade e o bem, ficamos reféns do dinheiro, da droga, da auto-satisfação e do egoísmo céptico e cínico”, alerta.
Depois de denunciar que “a corrupção e o multiplicar do mal leva ao eclipse de Deus, ao esfriar do coração e à indiferença”, D. Amândio convida os fiéis a “abraçar valores que dignificam, valores perenes, e praticar a virtude, a oração, o jejum e a esmola, que ajudam no caminho da perfeição”.
O prelado lembra ainda que “a quaresma é o tempo de misericórdia, da abertura, do perdão e da mudança, de acender o lume novo, o fogo da Páscoa de Deus e de Cristo e de atiçar aquela fome insaciável de verdade, beleza e bem que interiormente nos devora e dá alegria e sentido à nossa vida sobre a terra”.
Respondendo ao pedido do Papa Francisco, que pede ‘24 horas seguidas para o Senhor, nos dias 9 e 10 de março’, o bispo de Vila Real manifesta o desejo de “ao menos uma Igreja aberta, na diocese, para adoração e confissão sacramental”.
“A catedral e as outras igrejas garantam sempre a adoração eucarística e a confissão aos fiéis”, pede o prelado, exortando “os padres e os fiéis à celebração piedosa, atenta e participativa da eucaristia e “os pais, as crianças e jovens” a manifestar na adoração, junto do sacrário, “o seu amor e fidelidade a Cristo”.
Dirigindo-se aos divorciados, D. Amândio pede que “adorem o santíssimo sacramento” e aos sacerdotes que “os guiem, acolham e ajudem, com o amor de Deus e a esperança”.
Aos pastores, o bispo de Vila Real solicita que expliquem a vocação baptismal, a fé e o amor a Cristo e preparem os fiéis para o matrimónio, para o sacerdócio ordenado e para a vida consagrada.
“Há que encontrar Deus na Palavra, no sacramento e no irmão, apostando na catequese da família, nos jovens e pastoral das vocações, respeitando as minorias e os pobres”.
O prelado aponta ainda duas necessidades de formação e pastoral caritativa, para as quais, informa, a diocese canalizará, em partes iguais, a renúncia voluntária dos fiéis.
A renúncia quaresmal da Diocese de Vila Real, dirige-se este ano para as Conferências de S. Vicente de Paulo, “a favor da miséria envergonhada e dos pobres, vítimas de calamidades e abandono, necessitados de carinho e ajuda” e para “bolsas de estudo, a favor de seminaristas pobres, que não podem pagar os estudos e desejam ser sacerdotes e servir a Igreja no ministério ordenado”.
O bispo de Vila Real deixa ainda um apelo “aos párocos, paróquias e comunidades cristãs, para ajudarem na restauração da capela-mor da igreja matriz, da paróquia de S. Pedro do Covelo do Gerês, consumida por um incêndio, em novembro passado, ficando só ileso o sacrário”.