29 jan, 2018 - 18:27
O primeiro-ministro afirma que mantém "toda a confiança" no ministro das Finanças, na sequência das buscas realizadas na semana passada pelo Ministério Público.
"Em circunstância alguma Mário Centeno sairá do Governo", "mesmo que venha a ser constituido arguido", afirmou António Costa em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira.
O jornal "Correio da Manhã" noticiou esta segunda-feira que o ministro e presidente do Eurogrupo está disposto a pedir demissão se for arguido.
O chefe do Governo respeita a investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal e aguarda as conclusões "com toda a serenidade".
Mas considera que se trata de um caso "ridículo", que envolve um pedido de bilhetes para ir ao futebol e "decisões que não competem ao Governo, mas sim à Câmara de Lisboa", argumentou.
“Aquilo que
está em causa não põe em causa a credibilidade Mário Centeno. Eu próprio estava
nesse jogo”, afirmou o primeiro-ministro.
O Ministério Público (MP) realizou na sexta-feira buscas no Ministério das Finanças.
O caso ainda não tem arguidos, segundo a Procuradoria-Geral da República.
Mário Centeno estará a ser investigado por alegado recebimento indevido de vantagem. Em causa está o pedido para ver o Benfica - FC Porto, de 1 de Abril do ano passado, em troca de um alegado favorecimento para desbloquear uma isenção de IMI para um filho de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.
Este crime é punível com uma pena máxima de cinco anos de prisão e é o mesmo que está em causa no caso das viagens da Galp ao Europeu de Futebol de 2016, que levou à demissão de três secretários de Estado.