23 jan, 2018 - 17:43 • Ângela Roque
A Liga dos Amigos da Rádio Renascença (LAR) foi constituída a 16 de Junho de 1938 como uma “associação no quadro do Direito Canónico, com o objectivo de apoiar espiritual e materialmente a Emissora Católica Portuguesa”. Designada agora por Clube Renascença, prepara-se para celebrar 80 anos com os olhos postos no futuro.
“Quando surgiu, a Liga foi fundamental para a aquisição de novos emissores e para o crescimento da empresa, mas hoje, já no século XXI, volta a ser fundamental para ajudar a Renascença a cumprir a sua missão”, lembrou o presidente do Conselho de Gerência aos elementos que tomaram posse esta terça-feira.
Para além das actividades culturais e recreativas que historicamente a Liga sempre organizou, a ideia é que se transforme cada vez mais no “braço armado da caridade, da solidariedade, das campanhas que o grupo faz”, explicou o padre Américo Aguiar, que espera “que não se olhe para o clube como algo apenas do canal Renascença, mas que seja a marca daquilo que é o trabalho e que possa ser a interacção das nossas marcas, das nossas rádios, com a sociedade civil, na ajuda e na partilha”.
Para António Sala, que continua a ser o presidente da direcção do Clube Renascença, “é fundamental termos consciência do que a LAR representou na sua fundação e da importância que teve em momentos cruciais desta casa e, simultaneamente, da vivência do próprio país”. E não tem dúvidas de que continua a ser “uma base de ligação afectiva às pessoas”.
A antiga LAR tem um vasto número sócios, a maioria idosos. “Há muita gente inscrita, uns largos milhares têm o cartão de sócio”, diz-nos António Sala. Mas, nem todos com as quotas em dia: “São 12 euros por ano, um euro por mês, mas as pessoas esquecem-se de pagar, outras atingiram uma idade em que já não são elas a tratar disto. É preciso analisarmos as situações”, afirma o responsável pelo agora Clube Renascença, admitindo que para crescer é preciso chegar a mais gente.
“A prioridade agora é ganhar balanço, pôr a nossa imaginação a funcionar, ver onde podemos ser úteis, o que fazer e como fazer”, sublinhou. “Vamos pensar no futuro e agilizar as coisas de forma a que o Clube Renascença tenha o peso e a representatividade, em número de amigos e sócios, que o grupo Renascença Multimédia tem”. E deixa o desafio: “porque é que cada um dos sócios da antiga LAR, que hoje é avó, não transforma o seu neto, ou netos, em novos sócios do Clube Renascença, que terá iniciativas para eles? Se cada sócio fizer isso, temos futuro garantido. É um primeiro desafio que deixo e que vai ser devidamente pensado”.
A nova equipa que vai liderar o Clube Renascença nos próximos três anos foi reforçada com o “peso pesado” – assim foi apresentado durante a tomada de posse – Ribeiro Cristóvão.
Antigo responsável pela informação desportiva da Renascença, diz-se “muito honrado” com este convite que o mantém ligado à rádio a que dedicou boa parte da sua vida. “Entrei para aqui há 42 anos e, muito embora tenha deixado de prestar serviço efectivo aqui, continuo ligado, ouvindo-a todos os dias, vindo cá sempre que possível, estando com as pessoas e mantendo-me inteirado com as suas perspectivas de futuro e com os seus grandes anseios”.
Ribeiro Cristóvão considera que o Clube Renascença “continua a fazer sentido”, e espera contribuir para o fazer crescer. “Que as pessoas sintam através da Liga dos Amigos uma grande ligação a um projecto e a uma instituição que não é apenas da Igreja, é de todo o país”, sublinha.
Da direcção do Clube Renascença fazem parte, para além de António Sala, a directora de programas da Renascença Dina Isabel e Ana Maria Marrafas. O Conselho Assessor é composto por Ribeiro Cristóvão, Ana Isabel Almeida e Isabel Figueiredo, directora de conteúdos da Renascença.