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Carlos César: PS precisa de "interlocutores", não de "novos aliados"

22 jan, 2018 - 14:49

O líder parlamentar não respondeu directamente às críticas do Bloco de Esquerda e do PCP, mas reconheceu que, com Rio à frente do PSD, estão criadas as condições para uma "interlocução mais sólida".

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O líder parlamentar do Partido Socialista, Carlos César, evitou responder aos avisos do Bloco de Esquerda e do PCP para os riscos de um Bloco Central, mas advertiu que os socialistas não precisam de novos aliados.

No final de uma manhã de visita às áreas ardidas no último Verão e outono passado, integrada nas jornadas parlamentares socialistas, Carlos César admitiu que, com a eleição de Rui Rio para líder do PSD, o PS passou a dispor de um interlocutor “mais sólido”, recusando, porém, responder diretamente aos alertas do PCP e do BE.

“Volvido este período, em que PSD foi um pouco terra de ninguém [com as eleições internas], estão criadas as condições para uma interlocução mais sólida. Não precisamos de ter novos aliados, mas precisamos de ter todos os interlocutores”, disse Carlos César aos jornalistas depois de visitar uma fábrica de reciclagem em Outeiro Longo, no meio da serra.

César recusou responder diretamente aos alertas de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, e da coordenadora do BE, Catarina Martins, de estar a crescer a ideia de uma Bloco Central, entre o PS e PSD, que classificou de “temas laterais”.

“Não vou falar sobre esses temas laterais. É preciso ter a atenção que nos trouxe até aqui: contribuir para que estas pendências[na resolução dos problemas] tenham uma solução rápida e que a reconstrução prossiga pelo menos no ritmo que agora está a ter”, acrescentou o líder parlamentar e presidente do PS.

No domingo, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins fizeram vários avisos sobre a eventualidade de um ressurgimento do Bloco Central, a coligação PS-PSD que governou o país entre 1983 e 1985, com Mário Soares a primeiro-ministro.

O líder comunista alertou para uma "retoma formal ou informal" do Bloco Central e fala de uma "onda de populismo" acerca da lei do financiamento dos partidos na qual inclui o Presidente da República.

Quase à mesma hora, Catarina Martins acusou Rui Rio de ser "a voz da direita conservadora" que "quer voltar ao bloco central" e ao "monopólio do negócio".

Os deputados do PS começaram hoje as suas jornadas parlamentares, centradas em Coimbra, e que levará, durante todo o dia, a visitar os concelhos dos distritos de Coimbra, Leiria e Viseu afectados pelos incêndios do verão passado.

Na terça-feira, os trabalhos vão centrar-se, num hotel de Coimbra, no debate sobre a transparência na política e a descentralização de competências para as autarquias.

Hoje, o secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, junta-se aos deputados e discursa num jantar com o grupo parlamentar.

Comentários
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  • Eborense
    22 jan, 2018 Évora 16:56
    Sr. César. O PS precisa de muitas coisas, ,entre elas, ter mais gente competente e menos xuxas incompetentes. Precisa de ser um partido de menos oportunistas e menos demagogos. Em suma, precisa de ser um partido mais sério e mais competente. Eu não estou a pedir nada e, mesmo que pedisse, sei que era impossível o PS tornar-se num partido, como eu gostaria que ele fosse.
  • XUXAS MANIPULADORES
    22 jan, 2018 Lx 15:47
    Sai mais um emprego para um familiar deste energumeno manipulador mor do reino xuxalista...Um venal este individuo que não tem coluna vertebral...

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