A+ / A-

Provedor da Santa Casa ouvido no parlamento sobre eventual entrada no Montepio

10 jan, 2018 - 06:56

O ministro do Trabalho disse ter sido ideia de Santana Lopes o envolvimento da Santa Casa no sector financeiro. Segundo a imprensa, a SCML poderá entrar com 200 milhões.

A+ / A-

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, vai esta manhã ao parlamento prestar esclarecimentos sobre os contornos que envolvem a hipótese de a instituição entrar no capital do Montepio Geral.

O pedido de audição ao provedor, foi feito pelo CDS-PP, partido que também chamou o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, à Comissão de Trabalho e Segurança Social para prestar explicações sobre o mesmo assunto. As audições foram aprovadas por unanimidade entre todos os grupos parlamentares.

Edmundo Martinho, que era vice-provedor da SCML, tomou posse como provedor há cerca de um mês, em 6 de Dezembro de 2017, para um mandato de três anos, substituindo Pedro Santana Lopes que deixou o cargo para se candidatar à liderança do PSD.

Em entrevista à Antena 1 no domingo, o ministro do Trabalho disse ter sido ideia de Pedro Santana Lopes o envolvimento da Santa Casa no sector financeiro, enquanto a hipótese de investimento no Montepio foi colocada pelo Governo.

Quanto a críticas feitas ao envolvimento do sector social no financeiro, Vieira da Silva falou em "profundo desconhecimento da realidade", porque em "toda a Europa existem instituições financeiras do setor social".

A eventual tomada de participação da SCML na Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem sido muito falada nas últimas semanas e motivou as exigências de esclarecimentos pela parte de PSD e CDS-PP.

Quanto aos democratas-cristãos, que fizeram o pedido de audições, estes querem saber, especificamente, se a Santa Casa vai ou não entrar no capital do Montepio, a que valor e adquirindo que participação e onde está o estudo de avaliação da operação.

A imprensa tem adiantado que a SCML poderá entrar com 200 milhões de euros em troca de uma participação de 10% na CEMG, o que valoriza o banco em cerca de 2.000 milhões de euros.

A CEMG está num período de mudança dos estatutos e mesmo da sua equipa de gestão, tendo a Associação Mutualista Montepio Geral (até agora o seu único acionista) anunciado a entrada de Nuno Mota Pinto para presidente do banco, lugar ainda ocupado por Félix Morgado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • José Manuel
    10 jan, 2018 Massama 13:28
    O dinheiro dos pobres não pode nem deve ser usado para salvar bancos falidos e os seus donos. Se este triste negócio for concretizado, o povo terá uma resposta de desagrado muito simples: DEIXAR DE JOGAR !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Sai palha
    10 jan, 2018 Lisboa 10:36
    Está a ser ouvido e estar a prestar muito boas declarações o que está a ser demasiado incómodo para o CDS e para o PSD. Lá vão que ter que inventar novo caso para explorar na tentativa de entalar o governo.
  • Antonio Ferreira
    10 jan, 2018 Porto 09:14
    A entrada da SCML no capital do Montepio é um caso de policia. Se isto acontecer o povo português que se prepare para pagar mais uma factura. O Sr. António Seguro, dizia e bem que o Sr. António Costa representava os poderes económicos instalados e não se enganou. O governo deu a ideia e o Sr. Santana Lopes, como tem vistas curtas ( ou também defende os mesmos interesses económicos do Sr. Costa ), apoiou a ideia. Só não entendo porque faz tanta questão de dizer que não apoia nenhum governo do Sr. António Costa. O Sr. Santana Lopes, pensa que o povo português é burro ? Qual é a diferença ? Desde que o Sr. Santana apoie as ideias do governo do Sr. António Costa, não precisa de lhe dar apoio no governo, as coisas fazem-se assim, O importante, como eu costumo dizer, não é quem governa o país, é a independência das Instituições, como; a Justiça, etc., . Ora se um governo apoia uma entrada da SCML, num banco que está para falir há muito tempo, nos nos resta esperar que o Estado, via SCML, recupere esse banco, depois a ´´ máfia socialista ´´ encarregar-se-à de dividir os espojos. Em breve , já iremos assistir a uma nova versão do ´´ Padrinho II ´´. A Sra. PGR, já está de malas aviadas ( é o princípio ), voltaremos aos velhos tempos dos corruptos e isto será sempre assim. Povo do meu país, quando abres os olhos e vês os que te enganam por um prato de arroz ?
  • DR XICO
    10 jan, 2018 LISBOA 09:00
    Já todos percebemos que o Monte Pio até queima de tanta porcaria que tem lá dentro, mais um banco que foi espoliado pelos negócios ruinosos dos seus gestores pagos a peso de ouro e como sabem que nada lhes acontece (no máximo vão viver para um palacete no Estoril com piscina, corte de tenis. mini golfe capela privada como o desgraçado do Ricardo Salgado). Os politicos agora queriam arrastar a Santa Casa da Misericórdia para a lama.

Destaques V+