05 jan, 2018 - 12:58
O Tribunal Supremo espanhol decidiu, esta sexta-feira, manter o ex-vice-presidente do governo catalão, Oriol Junqueras, em prisão preventiva por considerar haver risco de reincidência nos crimes pelos quais está a ser investigado.
Os três magistrados rejeitaram assim recurso apresentado pelo antigo "número dois" do governo catalão por considerarem que não há indícios de que o líder da Esquerda Republicana da Catalunha não abandone a sua actividade na reivindicação da independência da região.
Junqueras está detido desde Novembro de 2017 pelo seu envolvimento na organização da consulta popular, classificada como ilegal, sobre a independência da Catalunha, em Outubro desse ano, bem como no envolvimento na declaração unilateral da independência face ao Estado espanhol.
A decisão deve impedir Junqueras de poder tomar posse na abertura da nova sessão do Parlamento regional da Catalunha, marcada para dia 17 de Janeiro e complica a vida à maioria independentista, que ainda procura um candidato a presidente do Governo regional que não esteja detido ou no estrangeiro.
Foi precisamente do estrangeiro que Carles Puigdemont, o anterior presidente do Governo regional e principal rosto do movimento independentista, publicou uma mensagem na sua conta do Twitter, dizendo que "Existe um conflito entre a Catalunha e Espanha que tem de ser resolvido. Sempre optámos pela paz e pelo diálogo", escreveu.
Pouco depois escreveu que "O Supremo Tribunal de Espanha é um escândalo que envergonha qualquer democrata com um mínimo de sentido de justiça. Agora, mais do que nunca, o nosso apoio ao vice-presidente Junqueras".
[Notícia actualizada às 18h46]