Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“Estado falhou” na segurança rodoviária, diz Associação de Cidadãos Automobilizados

26 dez, 2017 - 11:08

Durante a quadra de Natal deste ano morreram, segundo o último balanço, mais cinco pessoas do que no ano passado.

A+ / A-

Numa altura em que a operação “Natal Tranquilo” da GNR já registou mais mortos do que no ano passado, a Associação de Cidadãos Automobilizados responsabiliza o Governo pelo aumento destes números da sinistralidade.

Em declarações à Renascença, Manuel João Ramos não poupa nas palavras para dizer que o Governo está a falhar. “Como agora se diz em relação aos incêndios de Verão ‘o Estado falou’, temos de dizer o mesmo em relação à segurança rodoviária. O Estado falhou e o Estado continua a falhar na defesa dos direitos e da defesa dos cidadãos”.

Manuel João Ramos concretiza as acusações quando diz que o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária continua por operacionalizar. “O facto de termos um Plano Nacional de Segurança Rodoviária legislado em Março mas ainda não orçamentado, que se vem juntar a quatro planos que nunca entraram em vigor, pode explicar que a redução da sinistralidade nos últimos anos não tenha tido um factor sistémico, isto é, quando aumenta a sinistralidade não há resposta das autoridades.”

O responsável defende uma justiça mais rápida para evitar a prescrição de coimas. “O problema tem de ser resolvido muito mais a montante, com financiamento adequado em recursos humanos e materiais das polícias e com o funcionamento da justiça. A justiça continua a não funcionar, continuamos a ter prescrições de coimas todos os anos, às dezenas ou centenas de milhares.”

“E depois temos uma carta por pontos que é uma anedota. Enquanto em Espanha há mil cassações de carta por ano, até agora, desde que a carta por pontos entrou em vigor, tivemos até Novembro duas cassações de carta”, lamenta.

Desde sexta-feira, no âmbito da operação “Natal Tranquilo” da GNR já morreram seis pessoas, mais cinco do que no ano passado. Foram registados mais de 720 acidentes, dos quais resultaram ainda 12 feridos graves, mais quatro, face a 2016.

A operação da Guarda Nacional Republicana decorre até hoje com o patrulhamento rodoviário em todo o país das vias com maior tráfego neste período do ano.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Catarina de Macedo
    26 dez, 2017 23:55
    Agora quer-se culpar o Estado pelo incumprimento da lei por parte dos cidadãos? Essa é boa. E que tal criticar os provocam os acidentes em vez do Estado? O que não falta é informação de como prevenir acidentes, aliás, as pessoas são obrigadas a sabe-lo quando tiram a carta e é o mesmo que nada. Gostava de saber qual é a simpatia partidária dos que estão a fazer estas queixas agora. Porque o problema da sinistralidade e da falta de fiscalização e de reforço das autoridades, não é de agora. É como os incêndios. Sempre houve e agora lembram-se de tentar culpar o governo. Já agora, espero que tenham a noção de que mil cartas cassadas num país com a densidade populacional de Espanha é praticamente o mesmo do que 2 cassações em Portugal ao ano certo.
  • Rui
    26 dez, 2017 Lisboa 21:19
    Concordo com a maioria dos comentários não políticos mas é assim dá uma Xuxa a um bebé ele mete na boca dá um veículo que atinge 220km/h a um adulto e ele carrega no pedal, para evitar acidentes os automobilistas convém ter em atenção a condução dos restantes de que serve circular dentro dos limites se depois comportam se como se estivessem sozinhos para além do mais o álcool é outra das grandes causas dos acidentes.
  • Manuel Ermida
    26 dez, 2017 Valongo 17:51
    Muitp do que eu podetia dizer,está escrito e muoto na entrevista,acrescentaria que os condutores têm que sentir na pele,todos os excessos,e não é isso que cintinua a acontecer,o maior exemplo é,o da carta por pontos. Vergonhoso.
  • Para Quem Não Saiba
    26 dez, 2017 Viseu 17:30
    (ainda) aqui está a verdadeira razão porque é que alguns têm tanto ódio mesmo no Natal: "www.cmjornal.pt/mais cm/domingo/detalhe/uma-morte-uma-causa" "A 28 de Agosto de 1998, Manuel João Ramos viu a filha de cinco anos morrer num trágico desastre no IP5. ... A filha morre, a mulher acorda dois dias depois no hospital e ele, que assistiu a tudo, sofre uma série de complicações de saúde, para além de um traumatismo .." E por isso fundou uma associação cujos os objetivos é meter na cadeia todos os infratores ao código da estrada. Com tanto ódio e sede de vingança jamais terá paz e amor em seu coração.
  • 26 dez, 2017 17:11
    agora o estado é culpado de tudo !!! andam a 200 á hora, bebem depois tem acidentes e o estado é culpado !!!! 90% dos acidentes é por causa dos condutores, são os maiores responsáveis, pelo incumprimentos das regras !!!
  • silva
    26 dez, 2017 lisboa 16:35
    O Estado tambem é culpado da sinistralidade mas os ,grandes culpados são os AUTOMOBILISTAS que conduzem como se comportam na vida-SEM CIVISMO. Aqui, tambem, todos os govêrnos foram e são culpados. Não deram educação aos portugueses e ao mesmo tempo a polícia anda a passear nas estradas...Autoestradas c/ velocidade max. 120 NINGUÉM respeita passam por mim a mais de 200 Km/h !! Está tudo dito.Depois assassinos ainda se zangam quando são confrontados. Não infelizmente a sinistralidade em Portugal continuará na mesma ou mesmo a aumentar enquanto as coisas continuarem na mesma
  • isidoro foito
    26 dez, 2017 elvas 16:27
    Agora é tudo culpa do governo, se bebessem menos , andassem mais de vagar, nao alassem ao tlm e respeitassem mais as regras de transito nada disto acontecia , estas associações valia mais que tivessem calados ou tambem querem que seja o estado a pagar os prejuízos dos acidente? deve ser um presidente da direita concerteza
  • couto machado
    26 dez, 2017 Porto 16:24
    já tenho uma idade madura e, até hoje, não passei a vida a olhar para o lado. Tenho espírito observador e quando alguém vem dizer que o Estado tem culpa dos acidentes que matam mais que as guerras coloniais, algo está mal no cérebro dos portugas. Tanto faz haver auto estradas, como estradas de terra batida. O automobilistas é uma besta completa, salvo uma minoria consciente, que às vezes é apanhada por esses assassinos disfarçados de condutores.
  • 26 dez, 2017 15:43
    Pois é . Moda pegou. Como na canção dos Xutos eu também queria ser astronauta e meu país ( estado ) não deixou... P. F. Não colem as fatalidades ao serviço da politiqueira rasca.
  • Kito
    26 dez, 2017 Lisboa 15:41
    Para mim não é totalmente culpa do estado, mas sim dos cidadãos que continuam a conduzir distraídos com telemóveis, bebida a mais, ultrapassagens perigosas onde não se deve, tudo isto somado a altas velocidades, et. etc. Com estes comportamentos não há plano que resulte...

Destaques V+