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Ataques racistas. PSP Porto reforça patrulhamento

04 mai, 2024 - 19:42 • Susana Madureira Martins , João Malheiro

O porta-voz da força de segurança diz que a medida é tomada para "prevenir e dissuadir" contra a repetição deste tipo de ocorrências.

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A PSP refere que vai reforçar o patrulhamento e o policiamento na cidade do Porto, depois da casa onde vive uma dezena de imigrantes argelinos, além de um venezuelana ter sido atacada por um grupo de seis homens encapuzados, armados com bastões, facas e uma arma de fogo, na sexta-feira.

À Renascença, o porta-voz da força de segurança diz que a medida é tomada para "prevenir e dissuadir" contra a repetição deste tipo de ocorrências.

A PSP do Porto confirmou à Renascença três situações de agressões contra imigrantes só na madrugada de sexta-feira. De acordo com o comando distrital da cidade, uma das situações aconteceu depois da invasão de uma habitação. Seis homens foram identificados e uma pessoa foi detida - um homem com nacionalidade portuguesa - que tinha na sua posse um bastão.

Neste contexto, a SOS Racismo anuncia para este sábado, às 22h00, no Campo 24 de Agosto, no Porto, uma ação de solidariedade para com os imigrantes agredidos.

"Assistimos a práticas milicianas motivadas pelo ódio racial e xenófobo, típicas de grupos assassinos de extrema-direita. Não podemos voltar aqui - nunca mais!", lê-se no comunicado do SOS Racismo no qual descreve que "estes grupos atuam de forma concertada, porque se sentem legitimados".

Há seis meses que está parada a Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR) – responsável pela aplicação da Lei da prevenção, da proibição e do combate à discriminação, em razão da origem racial e étnica, cor, nacionalidade, língua, ascendência e território de origem, notícia este sábado o "Público".

A CICDR estava ligada ao Alto Comissariado para as Migrações (ACM), que se fundiu com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) desde 29 de Outubro de 2023.

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