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Costa. Portugal teve a redução "mais significativa" do risco de pobreza desde o início da crise

06 dez, 2017 - 15:47

Primeiro-ministro defende actuação do Governo, mas diz que níveis de riqueza, emprego e pobreza são ainda piores do que antes de 2008.

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O primeiro-ministro, António Costa, abriu, esta quarta-feira, o debate quinzenal, no parlamento, declarando que Portugal registou, em 2016, a maior redução da taxa de risco de pobreza desde o início da crise financeira.

Numa intervenção que criticou as teses do Estado social mínimo, Costa sublinhou que o país, após o seu executivo ter entrado em funções, teve "mais crescimento, melhor emprego e mais igualdade".

Numa crítica à oposição, o chefe do Governo referiu que há dois anos "muitos decretaram ser impossível e outros tantos votaram ao fracasso" a linha política então proposta pelo seu Governo.

"Porque não poderíamos crescer devolvendo rendimentos às famílias, porque a maioria parlamentar que construímos colocaria em risco os compromissos internacionais do país, porque o único caminho era a austeridade. Os resultados alcançados ao longo destes dois anos de Governo demonstram exactamente o contrário", defendeu.

Numa mensagem destinada às bancadas da oposição, o primeiro-ministro declarou logo a seguir: "Podem questionar a estratégia, podem não concordar com as políticas, mas não podem contestar realidade".

De acordo com António Costa, "a reposição de rendimentos e a recomposição das políticas sociais contribuíram em 2016 para a redução mais significativa da taxa de risco de pobreza desde o início da crise financeira".

"A importância da mudança nas políticas do passado, assentes na ideia de um Estado Social minimalista e numa ilusória promessa de 'ética social na austeridade', fica ainda mais clara quando se constata que o risco de pobreza caiu de forma mais expressiva nas crianças e jovens e na população idosa", sustentou ainda.

António Costa citou também indicadores recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) que "antecipam para 2017 melhorias mais significativas".

"A taxa de privação material caiu 3,6 pontos percentuais desde 2015 e a taxa de privação material severa passou de cerca de 10% em 2015 para 7% em 2017. Estes são, em ambos os casos, os valores mais baixos desde 2005 e confirmam que as políticas de reforço do abono de família, recuperação dos mínimos sociais e de actualização das pensões e do Salário Mínimo Nacional são, a par da criação de emprego, as políticas certas para uma sociedade mais coesa e menos desigual", defendeu.

Depois de apontar estes resultados, o primeiro-ministro advertiu, no entanto, que o caminho de valorização das políticas sociais tem de prosseguir nos próximos anos, porque "as feridas provocadas pela crise estão longe de estar saradas".

"Estamos ainda a dois mil milhões de euros da riqueza que tínhamos antes da crise, a 300 mil postos de trabalho do total do emprego que existia em 2008 e a intensidade da pobreza continua 4 pontos percentuais acima de 2008", referiu.

Face a estes indicadores António Costa considerou depois ser "fundamental afirmar a dignidade do trabalho e a atualização progressiva do salário mínimo, num quadro de valorização do diálogo e da concertação social".

"Por isso, o Governo apresentou ontem na concertação social a proposta de aumento do salário mínimo para os 580 euros", acrescentou, aqui numa alusão às negociações em curso entre o seu executivo e os parceiros sociais.

Comentários
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  • 07 dez, 2017 02:48
    filipe santos presidente da junta de freguesia de prior velho e sacavem levou a manta! dali nao sai dali ninguem o tira "mas nao o impede de tirar a manta!
  • Mario
    06 dez, 2017 Portugal 21:01
    A verdadeira personalidade de um mentiroso que nem moral tem para ou menos dizer a verdade....
  • André Souza
    06 dez, 2017 Vila Pouca de Aguiar 17:42
    Ai sim sr Costa! Então porque é que o Banco Alimentar alimenta mais pessoas?
  • VICTOR MARQUES
    06 dez, 2017 Matosinhos 17:31
    Olha, já veio de Marrocos! Dentro de dias fará certamente outra passeata! E o "Zé "pagará! Manguito...
  • COSTA PANTOMINEIRO
    06 dez, 2017 Lx 17:09
    És um mentiroso compulsivo kamarada Kosta...a malta já não acredita nos xuxas que nos levaram à pobreza e à indigência com o teu governo do famoso Pinto de Sousa de quem vossa senhoria foi nº 2...a memória dos xuxas é sempre curta para o que lhe convém.Grande mentiroso compulsivo da velha escola do socratismo que nos levou à falência...O resto é a narrativa do folclore, do fala barato que és...do pantiomineiro e do vendedor de ilusões e da banha da cobra.Já vimos que escondes relatórios, Pedrógão foi uma grande invenção do capitalismo, o furto ou não de Tancos anda escondido e nada se sabe...Um grande trafulha e mentiroso este rapaz que diz defender o xuxalismo...
  • TheBeites
    06 dez, 2017 Covilhã 16:32
    Até parece verdade, vindo de quem vem... pfiiiiiiuuuuuuuuu ,,,,,,,Espero que seja publicado e não apagado, como de costume.
  • Sousa
    06 dez, 2017 Da Ponte 16:19
    Continua o pantomineiro em S. Bento a palrar como se percebesse alguma coisa de filosofia política! Eu entendo o que tu queres dizer. Mas o que tu queres dizer é exatamente o contrário da filosofia do Estado Social Mínimo. É que essa teoria é exatamente aquela que assegura as políticas do actual governo. Não há governo que tenha cumprido mais as funções do Estado Mínimo que este governo da Geringonça. Aliás se existiram Estados em que essa política vigorou, foram Estados Comunistas. Este governo não mexeu uma palha na economia privada. Zero! O que este governo fez foi assegurar uma maior proteção social à custa da devolução de prestações sociais. Ora é mesmo essa a finalidade do Estado Mínimo. Aumento do salário mínimo, aumento das reformas mínimas, diminuição das taxas moderadoras, aumento de impostos no património, aumento de impostos das empresas etc, etc! Não existe maior Estado Mínimo que o governo do pantomineiro Kostov!
  • Americo
    06 dez, 2017 Leiria 16:13
    Como devia saber os impactos das politicas macro-económicas só se revelam passado algum tempo, tempo esse que ainda é insuficiente. Portanto, vamos com calma que a procissão ainda só vai no adro. Deus queira que tudo se confirme.
  • Alberto
    06 dez, 2017 Funchal 16:00
    Por algum tempo...mas, ainda bem; pelo menos compensa o pobreza que o Governo PS - a que Costa pertenceu - provocou no País.

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