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Ranking do 4.º ano. Escolas públicas distanciam-se dos lugares cimeiros

12 dez, 2015 - 00:00 • Fátima Casanova

Nos primeiros 20 lugares do ranking das escolas com melhores médias nas provas do 4.º ano só há duas instituições públicas – metade do ano anterior.

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A primeira escola pública só aparece em 15.º lugar da lista das instituições de ensino com melhores resultados nas provas do 4.º ano. É a Escola Básica de São João de Deus, em Lisboa. O “ranking” é liderado pelo Externato Infantil Paraíso dos Pequeninos, em Lourosa, Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

Nos "rankings" dos três ciclos do Ensino Básico, a Renascença considerou apenas as escolas onde se realizaram mais de 100 provas no conjunto das duas disciplinas, Português e Matemática, tendo por base dados divulgados pelo Ministério da Educação e tratados pelo jornal “Público”.

Nenhum dos estabelecimentos de ensino que em 2014 ocupou um lugar no “top 5” elaborado pela Renascença conseguiu manter a liderança. Esta é uma das características que se mantém desde 2013, ano de estreia das provas de Português e de Matemática no 4.º ano do primeiro ciclo do ensino básico.

À semelhança dos outros níveis de ensino, também no quarto ano as notas subiram, com uma redução significativa do número de negativas. Apenas 28% das mais de 4.100 escolas tiveram média negativa; em 2014, a média negativa atingiu 43% das instituições.

Ainda assim, as escolas públicas continuam a distanciar-se dos lugares cimeiros. Nas primeiras 20 melhores escolas só há duas públicas, metade das registadas no ano anterior.

A primeira aparece na 15.ª posição, quando em 2014 a primeira pública estava em 7.º lugar.

Já à semelhança dos anos anteriores, há grandes mudanças dos titulares do pódio.

Este “ranking” do 4.º ano é liderado pelo Externato Infantil Paraíso dos Pequeninos, em Lourosa, Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, com uma média de 4,38 valores (em cinco possíveis), nas provas de Português e de Matemática.

Seguem-se o Colégio João Paulo II, em Braga, e o Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, no Porto.

Quanto às públicas, a primeira é a Escola Básica de São João de Deus, em Lisboa, com 4,01 de média, sendo a única pública a ultrapassar a barreira dos 4 valores e pela primeira vez desde que há provas no 4.º ano.

Completam o pódio as Escolas Básicas de Sininhos, na Póvoa de Varzim, e a Prof. Rolando de Oliveira, em Abraveses, no concelho de Viseu.

O Ministério da Educação não comenta a publicação dos "rankings". Refere que o site Infoescolas vai disponibilizar, a partir deste sábado, mais dados ao público em geral.

Comentários
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  • A. G. fERREIRA
    13 dez, 2015 OEIRAS 11:32
    O Domingos...com essas certezas todas o melhor é ir já à PGR denunciar o facto, porque são graves e se não são verdadeiras são calúnias que merecem também ser sancionadas, ou está com medo é é só basófia.
  • Domingos
    12 dez, 2015 Covilhã 00:27
    Não me levem a mal, mas para acreditar neste resultado, mesmo aceitando que os meninos do publico tem as mesmas condições do privado, o que não é verdade, falta uma coisa fundamental: a independência de quem vigia os alunos no decorrer dos exames, isto é, os privados tem como objetivo o lucro e para terem lucro tem de ter alunos e para terem alunos tem de proporcionar duas coisas - resultados superiores ao publico e menos trabalho para os alunos do que no publico. Como não há milagres então no privado durante os exames os alunos são ajudados enquanto que no publico isso só muito esporadicamente acontece. Seria muito, mas mesmo muito, importante destacar professores do publico para vigiar os exames do privado e certamente os resultados seriam bem diferentes. Este é um problema que deveria ser analisado desde o primeiro ciclo até ao universitário, para que realmente as notas obtidas correspondam aos conhecimentos adquiridos, evitando-se dessa forma que os melhores alunos sejam ultrapassados por outros muito inferiores, que pela sua condição financeira, conseguiram estudar em locais onde nos momentos chave tiveram sempre a ajuda quase divina para a resolução dos exames quer através dos auxiliares de memória quer através de auxílios diretos ou indiretos dos próprios professores. Enquanto decorre o exame haverá professores que resolvem os exames nos gabinetes e depois alguém se encarrega mandar passar partes dessa resolução pelas salas onde estão a decorrer os exames.

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