João Ferreira do Amaral
Opinião de João Ferreira do Amaral
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As eleições checas

27 out, 2017 • Opinião de João Ferreira do Amaral


É espantoso como em praticamente todas as eleições e referendos que, nos últimos anos, se têm efectuado nos estados membros tem aumentado e de forma clara a contestação a esta União.

Mais umas eleições, mais um avanço do euro-cepticismo e também da extrema-direita (euro-cepticismo e extrema-direita são coisas diferentes, apesar de haver muita gente interessada em confundir os dois conceitos). O país agora em causa é a República Checa.

Claro que os Checos já eram dos países menos europeístas da União Europeia. Mas agora torna-se claro que, na sua maioria são claramente críticos da União.
É espantoso como em praticamente todas as eleições e referendos que, nos últimos anos, se têm efectuado nos estados membros tem aumentado e de forma clara a contestação a esta União.
Talvez por diferentes razões, os eleitores dos estados europeus aperceberam-se que esta União não serve e que está a levar a Europa para o abismo.
As razões serão porventura diferentes, mas penso que existe um factor comum que se nota também a nível das nacionalidades que fazem parte de estados membros plurinacionais. É que os eleitores querem ser governados pelo seu Estado, exista este já como tal ou possa vir a existir para dar corpo a uma nacionalidade já existente. Mas também sabem o que não querem: é ser governados por um burocracia europeia, longínqua dos seus interesses, apoiada em duas instituições, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu que, por interesse próprio tenham forçar a todo o custo a centralização do poder nas instituições europeias.
Conseguiram-no até há poucos anos. Mas com esta reacção dos eleitorados dos estados europeus, é bem provável que se verifique uma inversão de marcha e que os estados membros readquiram funções que foram indevidamente usurpadas pelas instituições europeias.

Assim seja.

Comentários
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  • Vasco
    29 out, 2017 Santarém 23:00
    Quanto a mim cada vez mais europeus deixarão de acreditar nas boas vontades e falácia dos políticos europeus, repare-se agora o caso Catalunha, estes pobres estão obrigados a viver de braços atados e amarrados a quem os invadiu e tomou as rédeas no seu comando, em Bruxelas procuram fazer o mesmo ao mando de um ou dois países mais poderosos e as pessoas sentem que têm o direito a sentirem-se o que são sem ter que abdicar dos seus sentimentos nacionalistas invadidos que estão a ser até por gentes de outras paragens que nada têm a ver com a cultura europeia e de cada um dos países, a UE vai dando cada vez mais tiros no pé até que acabe por se suicidar a si mesma!.
  • MASQUEGRACINHA
    27 out, 2017 TERRADOMEIO 18:45
    Assim seja, que remédio. O busílis da questão está no tal "interesse próprio"... e na miopia em perceber que o povo é agora muito menos simplório, ou pelo menos bastante mais informado - e já conhece a verdadeira relação de forças entre poder político (anémico de ideologia) e poder económico (em grande parte dominado por perigosos virtualismos financeiros). O centralismo europeu não passa de uma forma de colonialismo, que nem cuida de disfarçar o que é.
  • Augusto
    27 out, 2017 Lx 12:44
    Contestam a União mas não abdicam das ajudas financeiras, o dinheirinho dá sempre jeito.