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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Medidas inevitáveis

26 out, 2017 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Os campeonatos avançam, os interesses em jogo são conhecidos e, para os atingir há quem não olhe a meios para atingir os seus fins.

Se se deseja melhorar o clima que actualmente está instalado no futebol português há que tomar medidas duras e urgentes.

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, esteve ontem na Assembleia da República onde foi ouvido pela Comissão que ali trata das questões desportivas. Ali traçou o quadro que caracteriza por esta altura a relação entre os vários agentes ligados ao futebol, fazendo acusações e avançando propostas. Entre estas, a da criação de uma autoridade administrativa virada para a segurança e combate à violência.

Citou, a este propósito, o tom bélico de alguns comentadores de futebol em programas televisivos, reclamando intervenção da ERC – Entidade Reguladora da Comunicação.

Não deixando de reconhecer a razão que neste aspecto assiste a Fernando Gomes, não é menos certo que lhe faltou uma palavra de condenação para com aqueles que neste momento são, entre outros, grandes fautores de causas de perturbação no futebol, os directores de comunicação dos três grandes.

Outro aspecto apontado pelo presidente da FPF aponta para a necessidade de fazer aplicar rápida e rigorosamente a legislação já existente, no sentido interditar os estádios de futebol a adeptos marginais.

Em Portugal, esse número de interditos não atinge as nove centenas, enquanto na Inglaterra, por exemplo, com leis muitos semelhantes, esse número quase chega a quinhentos adeptos sob castigo.

A manter-se a situação e perante a passividade que está à vista em todos os domínios, a situação tenderá inevitavelmente a deteriorar-se.

Os campeonatos avançam, os interesses em jogo são conhecidos e, para os atingir há quem não olhe a meios para atingir os seus fins.

Este é o tempo de prevenir, para evitar que mais tarde seja necessário remediar.
Comentários
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  • Anonimo
    27 out, 2017 Porto 10:00
    Para o Sr. José de Oeiras só lhe digo que está enganado a por culpa nos árbitros e no VAR, pois o VAR não vai resolver todos os problemas ao contrário do que julga
  • José Oliveira
    26 out, 2017 Santarém 19:05
    São vergonhosos os programas de televisão, quase diários e quase sem excepção. É vergonhosa a postura dos "Comentadeiros" que a troco duns cobres se prestam àquele espectáculo. É vergonhosa a verborreia dos directores dos clubes (sobretudo os grandes que muito têm a perder) É vergonhosa a justiça desportiva que actua tarde ou nunca. O apito dourado deu no que deu. O depósito de dinheiro na conta do árbitro deu no que deu. Veremos no que vai dar o caso dos email's. Os árbitros com erros crassos quase não são castigados. Depois discute-se ao milímetro os foras de jogo, as bolas na mão e as mãos na bola, os penalties... tanta desonestidade intelectual.
  • manuel gomes
    26 out, 2017 17:51
    alguns enterram-se DE CABEÇA na areia e não conseguem ver o que é obvio, no caso concreto do porto, há o coletivo 98 e os super dragões, no sporting há 2 claques e no Benfica há pelo menos uma isso ninguém pode negar e ninguém quer obrigar a legalizar, a Lei é que obrigou os outros a fazer isso e o benfica não é de outro país para que a lei não lhes seja aplicada
  • José
    26 out, 2017 Oeiras 17:44
    Há comentadeiros e dirigentes que até podem ter culpas, mas para mim o fraco nível dos nosso árbitros é a razão deste barulho todo, nem com o VAR conseguem ver as faltas.
  • De Cabeça
    26 out, 2017 l 11:52
    No caso concreto do Benfica, apesar de não estar por dentro do que se passa nesse clube, parece-me que querem obrigar o Benfica a legalizar claques, mas o clube não pode legalizar algo que não existe. Nenhum dos grupos organizados possui denominação social e número de contribuinte e os seus membros entendem (e bem) que podem assistir aos jogos tal como qualquer espetador, apresentando o seu cartão de sócio do clube e ingresso.
  • De Cabeça
    26 out, 2017 lisboa 09:34
    Falta muita coragem e bom senso no tratamento deste assunto. Como é evidente, Governo e Federação têm que impor à Liga um regulamento de disciplina que retire pontos aos clubes (3 a 12 pontos) por dirigentes / empregados do clube terem intervenções inadequadas, difamatórias ou que atentem a dignidade de pessoas ou orgãos da esfera do futebol. Está provado que multar e suspender esses dirigentes / funcionários não resolve nada. Portanto, o Dr Fernando Gomes continua sem tocar no que interessa e dispara para todo o lado, sem eficácia. Sobre a violencia dos adeptos.....pergunto se eu, sendo sócio de um clube (tenho cartão de sócio, cartão de cidadão) tenho que ser obrigado a registar-me numa claque para assistir a jogos em conjunto com amigos que habitualmente se juntam para apoiar a nossa equipa ? .... pois, a resposta é simples: não!!! ... logo, como é que se pode obrigar um clube a reconhecer um grupo de adeptos que não se organiza nem pode ser obrigado, por lei, a organizar-se ? ....vamos deixar-nos de moralismos. As autoridades podem e devem identificar os prevaricadores e aplicar-lhes a lei. Para isso não tem que haver legalização de claques, basta haver vigilancia e atuação. O Madureira dos Super-Dragões entra em estádios, concede entrevistas e está farto de ser filmado em situações impróprias e do foro criminal.