19 jul, 2017
A notícia mais relevante de ontem trouxe-nos a prisão do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Angel Villar, com base em suspeitas de corrupção.
Villar enfrenta graves acusações por delitos cometidos ao longo de vários anos aos quais não parecem alheios mais três dirigentes espanhóis, entre os quais o filho do próprio responsável máximo do futebol do país vizinho.
Angel Villar tem um longo percurso na área do futebol: começou por ser jogador da Real Sociedad, mais tarde presidente do Sindicato dos Jogadores, saltando daí para presidente da Federação, cargo que ocupa há 28 anos consecutivos, tendo sido eleito para o seu oitavo mandato no último mês de Abril.
Na sua ascensão meteórica, Villar tornou-se também dirigente destacado da UEFA e da FIFA, tendo ali sido responsável pelo pelouro da arbitragem, que comandou durante anos a fio.
Todos nos lembramos de como Angel Villar chegou a vice-presidente da UEFA.
Na altura não eram calmas as águas que corriam na Federação Portuguesa de Futebol, dirigida então por João Rodrigues, um presidente sem classe e que só causou prejuízos ao futebol português. Decidiu, nessa altura, retirar o mandato na UEFA a Silva Resende, um dirigente qualificado, para o entregar de mão beijada a Angel Villar.
Este “amigo” espanhol haveria de retribuir mais tarde, ao causar os maiores embaraços à candidatura ibérica à organização de um Mundial de Futebol, que acabou por não vingar, como todos nos recordamos.
Angel Villar vai ter certamente muitas dificuldades em provar que tem estado de mãos limpas no futebol.
Na senda do que já aconteceu com Joseph Blatter e com Michel Platinni dá para nos apercebermos de como tem sido gerido o reino do futebol, ao mais alto nível.
E se a limpeza ficar só por aqui….