21 jun, 2017 • José Pedro Frazão
O ex-ministro socialista José Vera Jardim diz que é "difícil definir" quando deve um responsável político demitir-se num quadro de crise. "Quando os serviços falham, quem responde é o responsável máximo. São situações de fronteira, por vezes difíceis de definir", diz..
"O ministro Jorge Coelho teria que se demitir naquela situação de Entre-os-Rios? Até lhe digo que na altura - era colega do Jorge Coelho no Governo nessa altura - fiquei um pouco…Mas, ao fim ao cabo, é uma questão última da consciência de cada um", acrescenta.
Noutro plano, o do que deve ser feito na área do ordenamento do território, Vera Jardim considera que "não tem havido força e determinação suficiente" e defende, ainda, a retirada definitiva de pessoas que vivem em situações potenciais de risco: "Se há um conjunto de pessoas que vivem isoladas no meio de montes, de eucaliptos e pinheiros, idosos rodeados de mato, tem que se dizer a esta família que estão em perigo. O Estado tem uma palavra a dizer sobre a perigosidade de certas situações."
Sobre a possibilidade de descentralizar competências em matéria florestal, o social-democrata Nuno Morais Sarmento opõe-se de forma veemente: "Enquanto soluções de futuro, acredito tanto no ganho de eficiência com uma descentralização como na democracia na China."