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Espaço do Consumidor - Protectores solares - 20/06/2017

O meu bronze protege-me do sol? Saiba tudo sobre protectores solares

20 jun, 2017 • Fátima Casanova


Um bom protector pode prevenir o aparecimento de manchas, o envelhecimento da pele e ajuda na prevenção do cancro da pele. Deve usá-lo todos os dias e evitar a exposição directa ao sol entre as 11h00 e as 17h00.

Há quem dispense o protector solar nos seus cuidados diários, usando-o apenas quando vai à praia ou à piscina. Mas a verdade é que o produto actua como uma verdadeira barreira de protecção, mesmo no dia-a-dia.

Saiba tudo sobre o protectores solares e desfaça os mitos.

Uma pessoa que não protegeu a pele quando era criança precisa, mesmo assim, de usar protector solar?
Nunca é tarde para começar a proteger-se. Quanto mais se proteger do sol, independentemente da idade, menos lesões a pele vai sofrer.

É preciso usar protector quando não há sol?
Sim, as nuvens não bloqueiam a passagem dos raios ultravioleta, que aumentam o risco de cancro. Entre 40 e 60% da radiação ultravioleta atravessa as nuvens e chega à Terra.

Uma pessoa que está bronzeada precisa de usar a mesma quantidade de protector solar?
Sim, o bronzeado não garante protecção à pele. Todos os dermatologistas recomendam que pessoas que já estão bronzeadas ou que são naturalmente morenas ou negras se protejam com protector solar. O índice de protecção é que poderá variar.

Se a exposição solar pode causar cancro, é preferível não apanhar sol?
Não. A exposição solar adequada traz benefícios à saúde. Para produzir vitamina D de forma segura, deve-se apanhar sol, pelo menos, durante 15 a 20 minutos por dia.

As principais consequências da deficiência de vitamina D são:

  • Enfraquecimento ósseo;
  • Osteoporose em adultos e idosos;
  • Osteomalácia em crianças;
  • Dor e fraqueza muscular;
  • Diminuição de cálcio e fósforo no sangue.

Quem estiver por baixo do guarda-sol tem risco de se queimar?
Sim, o protector solar é necessário mesmo nesses casos.

Os raios solares são reflectidos no chão, na areia ou noutras superfícies, atingindo quem está por baixo de um guarda-sol.

O protector solar precisa ser renovado?

Sim, deve-se usar sempre protector solar com um índice adequado à idade e ao tipo de pele, de preferência, igual ou superior a 30. E renove a sua aplicação sempre que estiver exposto ao sol (de duas em duas horas), especialmente se estiver molhado ou se transpirar bastante.

O produto deve ser aplicado 20 a 30 minutos antes de sair de casa, para que seja convenientemente absorvido. Espalhe o produto em abundância. Se aplicar pouca quantidade, o índice de protecção pode diminuir para metade ou um terço.

Quais são os sintomas de queimadura solar?

Os sintomas são pele vermelha, dolorosa e anormalmente quente após a exposição solar. Depois da queimadura pode ocorrer febre, bolhas na pele e dor intensa nas regiões afectadas.

- Em caso de queimadura solar o que devo fazer?

  • Evitar nova exposição ao sol;
  • Aplicar compressas com água fria;
  • Não rebentar as bolhas;
  • Não aplicar álcool, manteiga ou óleos gordos;
  • Contactar o médico, se se agravar.

Um bom protector pode prevenir o aparecimento de manchas, o escurecimento das sardas, o envelhecimento da pele e ajuda na prevenção do cancro da pele.

Pode ainda ser fundamental para proteger a pele das radiações em determinadas profissões – é o caso dos motoristas, dos agricultores, dos pescadores, jardineiros ou trabalhadores da construção civil.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que se evite a exposição directa ao sol entre as 11h00 e as 17h00.

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  • Macela
    22 jun, 2017 Porto 21:25
    Isto já me parece um exagero, uma verdadeira paranóia com os protetores solares. Daqui a nada mais vale, depois de nos besuntarmos com uma bisnaga inteira do tal creme, metermo-nos dentro de casa, pois mesmo aí ainda entram alguns dos maléficos raios. De tanto nos protegermos, o nosso corpinho vai acabar por ficar tão indefeso contra a radiação solar, que daqui a nada nem de burca nos podemos atrever a pôr um pé fora de casa. Não sei como todos os que, ao longo de séculos, trabalharam de sol a sol, não caíram em catadupa vitimados pelo diabólico melanoma. Sim, alguns terão sido apanhados pelas garras do maldito, mas sei de muito boa gente que sem passar pela dureza do trabalho sob o sol inclemente e apesar de todas as cautelas sucumbiram ao cancro. Em que havemos de ficar? Palpita-me que todo este discurso gerador de pânico nos amantes do bronze, é música para os fabricantes das famigeradas pomadas salvadoras da nossa pele. Nesta matéria, não sou anti nem pro, coisa nenhuma, mas parece-me que estamos a perder o bom senso e a noção do equilíbrio. A natureza também vem em nosso auxílio, se as células reclamam água temos sede, e só acalmamos de pois de a aplacar, do mesmo modo, se a radiação solar é excessiva, o corpo pede sombra. Mas isto sou só eu a pensar.