16 jun, 2017
Passou uma semana sobre as últimas referências que aqui fizemos à tempestade desencadeada pela divulgação, por parte do director de comunicação do Futebol Clube do Porto, de diversos emails cujo conteúdo lança suspeitas acerca do comportamento de elementos ligados ao Benfica para com outros agentes do futebol ligados ao sector da arbitragem.
O responsável portista voltou à carga com elementos novos contendo acusações directas a Paulo Gonçalves, um responsável destacado do clube da Luz, que foram nas últimas horas o centro de todas as discussões. Desta vez, porém, foi omitida a acusação de corrupção que, de resto, só poderá ser confirmada depois da investigação profunda que se exige e certamente irá seguir-se.
Dissemos, aqui neste espaço, há uma semana, que se trata de um caso grave e que, por isso, não pode ser atirado para as calendas. Aliás, o próprio Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol veio ontem a público reclamar celeridade na análise do caso dos mails, para que o processo não venha a perturbar o início da próxima temporada.
Porque está na crista da onda, o Benfica não pode continuar a remeter-se ao ruidoso silêncio que tem mantido à volta deste caso.
Os documentos trazidos a público são suficientemente graves, pelo que as entidades responsáveis, desportivas e cíveis, devem actuar com a maior brevidade para tentar tirar do pântano em que foi lançado o futebol português, que ainda há menos de um ano se sagrou campeão da Europa e se prepara agora para competir na Taça das Confederações.