05 jun, 2017
Vista e revista a fabulosa final da Liga dos Campeões no cenário majestático do estádio Millennium, em Cardiff, apetece transpor para o futebol aquela velha frase proferida há alguns anos por um dirigente político, e que, ao tempo, fez as delícias da comunicação social: “Quem se meter com o Real Madrid, leva”!
E, acrescentamos nós agora, se no clube doze vezes campeão da Europa pontificar um génio que dá pelo nome de Cristiano Ronaldo, é certo e seguro que leva a dobrar.
Todas as previsões apontavam para muitas dificuldades da equipa madridista: a Juventus vinha a praticar futebol de qualidade, é sólida, e possui uma dos sectores defensivos mais seguros do mundo. Prova disso, eram os “apenas” três golos que sofrera até sábado em toda a sua passagem pela Liga dos Campeões Europeus desta temporada.
Só que, quando se tem pela frente o melhor jogador do mundo, é obrigatório pensar com cautela. Cristiano Ronaldo, o nosso Cristiano Ronaldo, sim, não tenhamos medo das palavras, já havia destroçado antes o colosso Bayern de Munique, brindando-o com cinco golos em dois jogos, e o vizinho Atlético de Madrid também levara que contar.
Pois é! Mas havia Buffon e um muro à sua frente para incomodar CR7. Afinal, bastou apenas uma vintena de minutos para que o muro italiano desabasse. A segunda parte do jogo da capital do País de Gales desfez as dúvidas que pudessem existir.
No final, a duodécima Taça dos Campeões para o Real Madrid, e para Cristiano Ronaldo o título de melhor jogador da noite. Quem gosta de futebol, foi deitar-se satisfeito. Tinha assistido a um espectáculo de alta qualidade.
E para a concorrência ficou ainda mais forte o aviso: “Quem se meter com o Real Madrid, leva!”