A experiência, a seriedade e a legitimidade de Casillas enquanto profissional de futebol abrem espaço para uma reflexão séria a que nenhum agente do futebol pode furtar-se.
Passando em revista os mais recentes acontecimentos, que varreram um pouco a Europa, o guarda-redes do Futebol Clube do Porto, acaba de fazer uma radiografia do estado actual, que tem de ser entendida como um aviso sério para todos quantos insistem em sujar o ambiente no qual todos nós deveríamos rever-nos. (O futebol está a fugir-nos das mãos”, dixit)
Ataque ao autocarro do Borússia de Dortmund, selvajaria provocada pelos adeptos do Leicester e Madrid, desacatos em Lyon antes do jogo com o Besiktas a contar a Liga Europa, violência, ontem, antes do jogo Bastia-Lyon.
Numa só semana o rol é extenso e exige ponderação. Por isso, a UEFA não pode colocar-se de lado e, sem castigar, fazer de conta que nada se passou.
Entre nós, a repetida história dos “cânticos” que parece vestirem todas as cores. É verdade que estamos a atingir o termo das competições, todas as competições, o que dá sempre lugar a altas subidas de temperaturas, mas isso não justifica tudo. Ou melhor, não justifica nada.
Antes que seja tarde e haja motivos para lamentos, é recomendável que os responsáveis tomem medidas preventivas.
E estas passam também e imperiosamente pela contenção verbal e escrita dos responsáveis, não poucas vezes os maiores incendiários que temos no nosso desporto.
Quanto ao resto, o que no entanto mais deveria interessar, o jogo jogado, a situação não se alterou, antes pelo contrário.
Com o empate do FC Porto em Braga e a vitória do Benfica na Luz, a vantagem dos encarnados tornou-se ainda mais substantiva.
Daí que a expectativa se transfira agora para o derby-clássico do próximo sábado, que se deseja venha a ser apenas e só um jogo de futebol.
Que os mais directamente ligados ao Sporting-Benfica atentem bem nisto.