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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Casillas dá o mote

17 abr, 2017 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Numa só semana o rol é extenso e exige ponderação. Por isso, a UEFA não pode colocar-se de lado e, sem castigar, fazer de conta que nada se passou.

A experiência, a seriedade e a legitimidade de Casillas enquanto profissional de futebol abrem espaço para uma reflexão séria a que nenhum agente do futebol pode furtar-se.

Passando em revista os mais recentes acontecimentos, que varreram um pouco a Europa, o guarda-redes do Futebol Clube do Porto, acaba de fazer uma radiografia do estado actual, que tem de ser entendida como um aviso sério para todos quantos insistem em sujar o ambiente no qual todos nós deveríamos rever-nos. (O futebol está a fugir-nos das mãos”, dixit)
Ataque ao autocarro do Borússia de Dortmund, selvajaria provocada pelos adeptos do Leicester e Madrid, desacatos em Lyon antes do jogo com o Besiktas a contar a Liga Europa, violência, ontem, antes do jogo Bastia-Lyon.
Numa só semana o rol é extenso e exige ponderação. Por isso, a UEFA não pode colocar-se de lado e, sem castigar, fazer de conta que nada se passou.
Entre nós, a repetida história dos “cânticos” que parece vestirem todas as cores. É verdade que estamos a atingir o termo das competições, todas as competições, o que dá sempre lugar a altas subidas de temperaturas, mas isso não justifica tudo. Ou melhor, não justifica nada.
Antes que seja tarde e haja motivos para lamentos, é recomendável que os responsáveis tomem medidas preventivas.
E estas passam também e imperiosamente pela contenção verbal e escrita dos responsáveis, não poucas vezes os maiores incendiários que temos no nosso desporto.
Quanto ao resto, o que no entanto mais deveria interessar, o jogo jogado, a situação não se alterou, antes pelo contrário.
Com o empate do FC Porto em Braga e a vitória do Benfica na Luz, a vantagem dos encarnados tornou-se ainda mais substantiva.
Daí que a expectativa se transfira agora para o derby-clássico do próximo sábado, que se deseja venha a ser apenas e só um jogo de futebol.
Que os mais directamente ligados ao Sporting-Benfica atentem bem nisto.

Comentários
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  • Costa Ferreira
    18 abr, 2017 Oliveira de Azemeis 11:18
    Os intocáveis! Num mundo social e político tão conturbado como aquele em que vivemos, não é difícil descortinarmos que existem "estados" dentro dos próprios estados que tornam as próprias leis destes inócuas perante o poder que aqueles outros têm e que os protege daquilo que normalmente deveria ser penalizado pela justiça suprema de cada um. Partindo de Roma em direção à Suiça e daí para todos os quadrantes do mundo, dito civilizado ou não, os esquemas são todos os mesmos, de tal modo que se podem cometer as maiores tropelias às boas normas éticas e morais que podemos pensar que, de hoje em dia, somos obrigados a pensar que é no mal que está o correto e não o contrário, como seria lógico acontecer. Até quando durará este estado de coisas?!
  • Henrique Vila Forte
    17 abr, 2017 Algés 16:35
    Mais um bom artigo, a colocar a ênfase no que de mau pode vir aí, na Europa e em Portugal, se não tomarem o freio nos dentes. Acabo de ler que mais uma vez, o mesmo presidente, irresponsavelmente face ao próximo jogo, desatina da forma mais soez. Os da casa já lhe deram resposta e se forem para a via judicial tanto melhor para se tirarem dúvidas, mas sobretudo para se acabar com o mal, ainda que clubisticamente nada tenha a ver com isso. Bem haja Sr.RC pelos bons artigos que nos tem presenteado. Melhores cumprimentos, Vila Forte
  • De Cabeça
    17 abr, 2017 lisboa 10:10
    Infelizmente o futebol está cada vez mais perigoso. O clima de guerra imposto por dirigentes é irresponsável. Todos têm telhados de vidro nesta matéria, mas a Direção do SCP tem sido a mais incendiária. Todos os dois assistimos à multiplicação de comunicados e queixas contra o seu rival Benfica (e apenas contra este, por estranho que pareça) acicatando ódios que um dia podem levar à desgraça. Parece-me que o Governo tem mesmo que regulamentar o âmbito das intervenções públicas dos Dirigentes (penalizando os seus clubes com perca de pontos). Digo o Governo porque FPF e Liga estão de mãos atadas pelos clubes e não podem mexer nos regulamentos.