Árbitro agredido não pensa desistir. "Assim que tiver autorização médica vou voltar a apitar"

O árbitro agredido de forma violenta por um jogador do Canelas não equaciona desistir da actividade e está determinado em regressar aos relvados o mais rapidamente possível.

José Rodrigues, de 42 anos, que viu Marco Gonçalves fracturar-lhe de forma tripla o nariz com uma joelhada, durante o encontro dos distritais da AF Porto, frente ao Rio Tinto, espera pela alta clínica para poder voltar a pegar no apito.

"Nesta altura só penso em recuperar bem. Assim que tiver autorização médica vou voltar a apitar. É a atividade que mais gosto e não será o que se passou no fim de semana que me vai afastar da arbitragem", assegurou o portuense, em declarações ao site da Federação Portuguesa de Futebol, recusando-se a generalizar o incidente de que foi alvo com a "realidade" dos inúmeros fins de semana em que esteve em acção.

"Sou árbitro de competições nacionais e distritais há muitos anos mas sei que este episódio não representa a realidade que vivo todos os dias nos campos. Nunca me tinha acontecido nada parecido sequer", salientou, agradecendo as várias mensagens de apoio que tem vindo a receber.

"Gostava de aproveitar esta oportunidade que me dão para agradecer as inúmeras mensagens que recebi por parte de colegas ou pessoas ligadas à arbitragem ou até pessoas que não conheço mas julgo estarem ligadas à arbitragem”, rematou.

Marco Gonçalves, jogador entretanto dispensado pelo Canelas, foi presente a um juiz do Tribunal de Gondomar, esta segunda-feira, ficando sujeito a várias medidas de coacção: para além da natural constituição como arguido, o também membro da claque do FC Porto "Super Dragões" fica proibido de contactar com árbitros e não pode frequentar instalações desportivas.