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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Além das metas

24 fev, 2017 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


O Governo obteve resultados melhores do que as metas europeias. Mas o PS criticava Passos Coelho por ir “além da troika”…

O défice orçamental de 2016 terá ficado praticamente em 2% do PIB. É o défice mais baixo desde 1974 e o Governo, e em particular o ministro das Finanças, têm mérito neste número. É certo que vários factores que jogaram a favor da redução do défice em 2016 não se repetirão no ano corrente – como o perdão fiscal, as cativações de verbas orçamentadas, reduzindo brutalmente a despesa corrente (e originando problemas nas escolas, tribunais, prisões, hospitais, etc.), algo que não se pode voltar em 2017. Assim como não se repetirá o baixíssimo investimento público do ano passado.

Mas é de assinalar a firmeza governamental no cumprimento das metas europeias. Aliás, o Governo foi além delas. O que é curioso, porque os socialistas fartaram-se de criticar Passos Coelho por ele, alegadamente, “ir além da troika”. Agora já não há troika em Portugal, mas ainda estamos debaixo do Procedimento por Défice Excessivo (implicando uma maior vigilância por parte da Comissão Europeia). Felizmente, os bons resultados obtidos nas contas públicas em 2016 aliviarão essa vigilância.

Quem não gostou de o Governo ter superado as metas europeias foram os seus parceiros de extrema-esquerda. É natural, vindo de quem é contra o euro e a integração europeia.
Comentários
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  • MASQUEGRACINHA
    24 fev, 2017 TERRADOMEIO 19:57
    Mas, Sr. S. Cabral, quem não gostou nada, mas nada mesmo, foram os partidos de direita, não é? E se os partidos de extrema-esquerda não gostaram por motivos "naturais", como diz, e bem - já que são partidos que defendem, goste-se ou não, uma ideologia -, creio que não gostaram, concretamente, por esse excedente provir exatamente da redução da despesa corrente, com os tais consequentes problemas, tudo como bem refere no artigo. Não vejo, portanto, qualquer contradição no facto de "não gostarem". Já quanto aos partidos de direita, quais as motivações para (gritantemente) também não gostarem? Ideológicas não serão, decerto. Restam-nos a frustração, a inveja, o ressabiamento de quem viu saírem-lhe as contas furadas, depois de tanta trabalheira a por na ordem gente "piegas" e com a mania de "viver acima das suas possibilidades", e que "aguenta, aguenta", e que quer é estar ao fim-de-semana "com os pés na água". Coitados, tanta costa dobrada e orelhinha atenta ao lado da cadeira do Schauble, para isto... Ingratos. Ou será que não gostaram por pura e simples falta de patriotismo? Que o Internacionalismo Monetário (como dizia o J.M.Branco) é, para muito "patriota de lapela", o verdadeiro papá de todas as nações... Pois é, Sr. S. Cabral, mesmo entre os ditos "bons alunos", há os espertos e os inteligentes - e mais não digo. A Comissão Europeia, esse farol de isenção, coerência, estratégia e... enfim, digamos, esperteza, que vá engolindo domingues e vigiando. É para isso que lhe pagam.
  • Justus
    24 fev, 2017 Espinho 17:12
    Sarsfield Cabral não só é intelectualmente desonesto mas até faz-se de ignorante, confundindo as coisas ou utilizando-as conforme lhe dá na cabeça. É preciso não ter o mínimo de vergonha para atitudes destas, mas os portugueses já estão habituados a estes escribas. Comparar este governo, que atingiu um nível excelente na baixa do défice, sem cortar pensões e salários e foi além do que previam as corujas maldizentes, ao governo anterior que, nos cortes das pensões e salários e no empobrecimento da população foi além daquilo que a Troika previa, é atirar poeira para os olhos e querer fazer dos portugueses estúpidos e analfabetos. Para Sarsfield Cabral o pior e o melhor são a mesma coisa!! Defender uma coisa e o seu contrário é próprio de gente sem escrúpulos e intelectualmente desonesta. Depois, dizer que foi a esquerda que não gostou que o governo tivesse atingido as metas a que se propôs e até as superasse, quando nós vimos e vemos todos os dias (e o texto em questão é uma prova disso) a raiva, a inveja e o desapontamento desta direita do Sr. Sasrfield a espernear por não ter conseguido durante quatro anos aquilo que este governo fez apenas num ano, é não só ridículo mas até nos faz rir às gargalhadas. Tanta hipocrisia para quê, Sr. Sarsfield? Já Cristo dizia: ai de vós escribas e fariseus hipócritas!
  • João Galhardo
    24 fev, 2017 Lisboa 14:41
    Onde está a opinião de Domingos sobre este artigo do professor?
  • Domingos
    24 fev, 2017 mido5@sapo.pt 10:15
    Sabe Miguel O insulto e a cobardia de pensamento levam a que a sua falta de vergonha e educação cívica e de cidadania se espelhem aqui com clareza. Como pessoa lamento que seja incapaz de aceitar opinião diversa.
  • Miguel Botelho
    24 fev, 2017 Lisboa 08:28
    Não percebo este artigo de opinião. Não é de admirar, vindo de quem vem. Pelo facto do PS e dos seus parceiros da esquerda terem criticado Passos Coelho por ter ido além da «troika», não foi pelo baixo investimento no país, mas pela austeridade que implementou, de modo a chegar à metas impostas pela «troika». Essa austeridade, Sarfield Cabral nunca comentou, nem quis comentar, pois o seu apoio ao PSD de Passos Coelho é indisfarçável. O artigo é tão rasteiro que só merece a confiança de «lambedores de botas» , como Domingos ou Vítor Lopes.