​Atacar os panzers

Dois meses depois de terminada a fase de grupos da Liga dos Campeões Europeus, a competição regressa esta terça-feira, sendo o Benfica a primeira equipa portuguesa a entrar em acção. Compete-lhe defrontar, logo à noite, o Borussia de Dortmund, no primeiro de dois jogos findos os quais se saberá qual deles transita para os quartos-de-final.

Não vai ser fácil a tarefa do campeão português, ainda que pareça evidente que os germânicos não atravessam o seu melhor momento.

Em quarto lugar na Bundesliga, mas longe do líder, o Bayern de Munique, do qual está separado por quinze pontos, e apenas a oito pontos do décimo, o outro Borussia, o clube da Renânia-Vestefália, corre o risco de não conseguir a qualificação para a próxima edição da Champions.

O currículo deste histórico alemão é deveras invejável. Ao longo dos seus 107 anos de existência o Dortmund soma oito vitórias no campeonato do seu país, a que junta três na Taça e cinco na Supertaça.

A nível internacional, assume especial destaque uma vitória na Liga dos Campeões, quando o português Paulo Sousa era titular indiscutível, uma Taça das Taças, e uma taça Intercontinental.

Orientado pelo alemão Thomas Tuchel o Borussia conta no seu plantel com nomes sonantes: o francês Dembelé, os alemães Mário Gotze e Marco Réus, a que se junta o português Rafael Guerreiro, são apenas alguns de um esquadrão que infunde respeito e não pode ser menosprezado, mesmo tendo em conta que a equipa passa por momentos que não lhes permitem voar muito alto.

Ao contrário, o Benfica, campeão português em título, tem trunfos importantes para apresentar logo à noite: joga no seu estádio, certamente com casa cheia, ostenta o título de campeão nacional, que pretende dignificar, e dispõe de jogadores de qualidade indiscutível.

Sem euforias antecipadas, que não se justificam, o clube da águia tem condições para iniciar a viagem rumo à eliminatória seguinte da mais importante competição da UEFA.

Veremos se é capaz ao fim deste primeiro round.