20 jan, 2017
A posse de Trump fica marcada pela divisão dos EUA em relação a ele, que tem agora a mais baixa taxa de aprovação de um presidente eleito desde há 20 anos. Antes da posse, Trump quebrou a tradição e multiplicou as suas intervenções. Mas não dissipou as dúvidas sobre o que irá fazer.
Algumas coisas parecem certas: a hostilidade de Trump aos jornalistas (que é recíproca), a aproximação a Putin, o confronto com a China, o proteccionismo. Mas sobre outros pontos permanecem dúvidas, até porque membros do seu governo exprimiram opiniões divergentes de Trump – por exemplo sobre a NATO (que ele considerou “obsoleta”).
Trump inicia o seu mandato em conflito com os serviços secretos, o que não é tranquilizador. E chefia um governo de multimilionários, após ser eleito pelos deserdados da globalização. Atacou Wall Street, mas vai facilitar-lhe a vida reduzindo a regulamentação. Acresce que Trump mantém sérios conflitos de interesses: com os negócios familiares e na colocação do seu genro como assessor na Casa Branca.
Trump não tem qualquer experiência política. Há motivos para preocupação.